Topo

Filha de Patrícia Acioli pensa em seguir a carreira da mãe; missa no Rio lembra 1 ano da morte da juíza

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, no Rio

11/08/2012 12h55

"Penso em seguir a carreira de juíza, mas meu pai não quer". A afirmação é da estudante Ana Clara Acioli, 13, filha da juíza Patrícia Acioli, assassinada há exatamente um ano em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. A jovem participou neste sábado (11) de uma missa em memória da magistrada, que foi morta, segundo o Ministério Público, por policiais militares.

Segundo Ana Clara, a coragem que a mãe demonstrava ao exercer a profissão a inspira no sentido de optar pela mesma carreira. "Ao analisar um processo, se ela achasse que havia alguma injustiça, ela ficava super emocionada, chorava, falava que a pessoa merecia mais e tal. Não só o lado da vítima, mas o laudo do réu também. Se ela achava que o réu era inocente, ela também se emocionava", afirmou.

"Ela não era uma pessoa que tratava os processos como mais um. Ela sabia de todos os detalhes de todos os processos", completou Ana Clara.

A filha de Patrícia Acioli, que tem dois irmãos --um deles, por estudar fora do Brasil, não compareceu à missa-- pede que o mesmo "empenho e coragem" que a magistrada demonstrava no exercício de sua profissão seja aplicado no trâmite processual referente aos 11 PMs acusados de assassinar a vítima.

"Eu espero que a Justiça atue como ela [Patrícia Acioli] costumava atuar. Eu gostaria que todas essas pessoas que foram presas responsáveis pela morte da minha mãe fosse julgadas e recebessem suas punições. Do contrário, tudo pelo que ela lutou não vai acontecer com ela. Ela vai ter morrido em vão".