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Agentes da PF condicionam fim da greve a acordo avaliado pelo governo como "pouco provável"

Janaina Garcia

Do UOL, em São Paulo

21/08/2012 11h15

Agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal condicionaram o fim da greve que completa nesta terça-feira (21) duas semanas à apresentação de um plano de reestruturação nas carreiras por parte do governo federal. A reunião entre as duas partes será hoje às 20h, no Ministério do Planejamento –cuja assessoria já adiantou, porém, ser “pouco provável’ que o pleito seja atendido.

De acordo com o presidente da Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais), Marcos Wink, manifestações que seriam realizadas hoje em aeroportos brasileiros por meio de ações de panfletagem e faixas foram em boa parte trocadas por vigílias. No aeroporto de Congonhas, em São Paulo, a ação foi realizada no saguão.

“Esperamos que a reunião de hoje consiga avançar. No nosso caso, em relação a outros servidores federais, temos a facilidade de abrir mão de aumento para 2013 porque nosso foco é a reestruturação das carreiras”, afirmou Wink. A categoria reclama das funções que ainda possuem nível médio, graças a portaria de 1989 do Ministério do Planejamento.

No ministério, a assessoria de imprensa informou que a proposta a ser oferecida aos servidores da PF é a mesma apresentada a outras categorias em greve: reposição de 5% ao ano. Sobre a reestruturação, a pasta afirma que a concessão representaria um “impacto orçamentário muito grande”.

Na semana passada, o Ministério da Justiça conseguiu no STJ (Superior Tribunal de Justiça) liminar que proíbe os grevistas de realizarem operações-padrão em portos, aeroportos e rodovias , sob pena de federação e sindicatos arcarem com uma multa diária de R$ 200 mil.

A Fenapef estima que 70% de todo o efetivo nacional paralisaram as atividades –o mínimo de 30% na ativa é exigido em lei.  Com isso, em Estados onde serviços como emissão de passaportes não são realizados por terceirizados, como em São Paulo, apenas casos de urgência têm sido liberados.

Amanhã à tarde, sindicatos e federação avaliarão a reunião de hoje no Planejamento por meio de uma videoconferência que definirá se a greve termina ou não.