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Prefeitura constrói muro para bloquear acesso a local de chacina na Baixada Fluminense

Um muro de aproximadamente quatro metros de altura começou a ser erguido para fechar uma das rotas de acesso ao parque de Gericinó e à área militar usada por traficantes da favela da Chatuba - Cléber Júnior / Agência O Globo
Um muro de aproximadamente quatro metros de altura começou a ser erguido para fechar uma das rotas de acesso ao parque de Gericinó e à área militar usada por traficantes da favela da Chatuba Imagem: Cléber Júnior / Agência O Globo

Do UOL, no Rio

18/09/2012 12h36

A prefeitura de Mesquita, na Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, começou a construir nesta terça-feira (18) um muro para bloquear o acesso ao Parque Gericinó, local onde seis jovens foram assassinados há pouco mais de uma semana, através da localidade conhecida como Curral.

A obra deve ficar pronta até a manhã desta quarta-feira (19), segundo a prefeitura. O muro, que terá aproximadamente quatro metros de altura, está sendo erguido com blocos de concreto.

No local, além do bloqueio físico, será instalada uma base da companhia destacada da Polícia Militar, que se tornou responsável por patrulhar a região da Chatuba 24 horas por dia em função da violência na área --foram mais de dez mortes em apenas três dias.

Além dos seis jovens assassinados, os traficantes da Chatuba são acusados de serem os responsáveis pelos óbitos de um cadete da PM, de um pastor evangélico e de um homem que teria testemunhado a morte do religioso. Um dos corpos encontrados no Parque Gericinó ainda não foi identificado.

Prisão temporária

O juiz Márcio Alexandre Pacheco da Silva, da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu (RJ), decretou a prisão temporária, pelo prazo de 30 dias, de cinco suspeitos de envolvimento na morte de seis rapazes no Parque de Gericinó, na divisa de Mesquita e Nilópolis, na Baixada Fluminense.

Foram expedidos mandados de prisão contra Remilton Moura da Silva Junior, o “Juninho Cagão”; Marcus Vinicius Madureira da Silva, o “Ratinho”; Jonas Santos Pereira, o “Jonas Pintado” ou “Velho”; Fernando Domingos Pereira Simão, o “Sheik” ou “Fernandinho” e Luiz Alberto Ferreira de Oliveira, o “Beto Gordo”.

Os cinco, que participariam do tráfico de drogas no bairro da Chatuba, em Mesquita, são agora investigados pela prática de homicídio duplamente qualificado --por motivo torpe e mediante tortura ou outro meio insidioso ou cruel.

Desde que a PM invadiu a Chatuba, na terça-feira (11), e instalou uma companhia destacada para patrulhar a comunidade 24h por dia --a medida foi tomada em caráter emergencial após 12 mortes em apenas três dias--, 25 pessoas já foram presas ou apreendidas, sendo a maioria por porte de drogas.