Corpo de menina desaparecida é localizado em Araxá (MG); caso é segundo da semana no Estado

A Polícia Civil mineira informou ter localizado nesta terça-feira (23) o corpo de uma menina de 11 anos que estava desaparecida desde a quinta-feira passada (18) na cidade de Araxá (367 km de Belo Horizonte). A família da menina estava morando na cidade havia sete meses.

O delegado regional de Araxá, Heli Andrade, informou que o corpo foi encontrado no distrito industrial do município já em decomposição. Ele disse ter presumido que a morte tenha sido causada por traumatismo craniano, já que uma pedra com sangue e massa encefálica foi recolhida perto do corpo de Ana Clara Cunha da Mata.

Conforme relato de Andrade, a menina desapareceu após ter saído de um centro de convivência para adolescentes para apanhar o irmão de cinco anos em uma escola da cidade.

O policial informou que ela estava nua, e existe a possibilidade de a menina ter sofrido violência sexual. Os exames de necropsia serão feitos no Instituto Médico Legal (IML) da cidade. Já os exames com o material recolhido no local serão realizados pelo IML de Belo Horizonte.

O delegado afirmou não ter nenhum indício da autoria do crime, mas afirmou que “é questão de honra” para a Polícia Civil do município mineiro elucidar o crime. Esse foi o segundo caso em uma semana de morte envolvendo meninas no Estado.

Bom Sucesso

Em outro caso envolvendo a morte de meninas, na cidade de Bom Sucesso (178 km de Belo Horizonte), a polícia localizou na última segunda-feira (22) o corpo de K.G.S.V, 5 anos, que estava sumida desde o dia 16 deste mês. A menina desapareceu depois de ter avisado à mãe que chamaria um vizinho de rua para brincarem.

O reconhecimento foi feito pelo pai da menina. O corpo foi encontrado dentro de um saco de linhagem, a 300 metros da casa da menina, em uma área de pastagem para animais.

Ele foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte e retornou à cidade mineira, onde foi velado nesta terça-feira (23). Somente o exame de necropsia vai determinar a causa da morte dela.

Uma mulher foi presa pela polícia suspeita de ter tido participação no sumiço da menina. O companheiro dela chegou a ser preso, mas foi liberado por falta de provas.

O delegado precisou reforçar a segurança em torno da delegacia da cidade, na segunda-feira, em razão de manifestação promovida por moradores da localidade. O temor era que eles tentassem invadir o local para linchar o casal.

Goiás

Nessa semana, outro assassinato de menina foi registrado em Goiás. O corpo de Gabrielly Caroline Dias Rocha, 10, foi localizado nesta terça-feira (23) em um canavial na zona rural de Carmo do Rio Verde, cidade vizinha de Uruana (157 km de Goiânia).

Ela havia sumido no dia 18 deste mês após sair da casa da avó para doar um cachorro. O corpo dela foi encontrado por um tio da criança.

Carlos José Moreira, 42, vizinho da família em Uruana, confessou nesta segunda-feira (21) ter matado a garota e indiciou o local onde deixou o corpo. Gabrielly foi morta no mesmo dia do seu desaparecimento. Como era amiga da filha do suspeito, ela passou no vizinho antes de seguir para o local onde deixaria o animal.

Moreira contou aos policiais que estava bêbado e pediu para que a garota entrasse. Ele estava sozinho e cometeu o crime. Ainda não há comprovações se houve abuso sexual.

Porém, a polícia não descarta a possibilidade já que o preso tem passagem pela polícia por estupro. A morte da garota revoltou os moradores de Uruana, que tentaram colocar fogo na casa de Moreira. Os bombeiros foram acionados para a ocorrência.

O suspeito foi transferido do presídio do município para Goiânia porque houve tentativa de linchamento. Na capital, o suspeito bateu a cabeça na grade da cela da Delegacia de Homicídios até desmaiar e, no hospital, se jogou da cama. Os ferimentos foram leves e ele já retornou à cela.