Cozinheira e auxiliar de enfermagem são flagradas agredindo idosa de 99 anos no Rio
A Polícia Civil do Rio de Janeiro abriu inquérito para investigar a cozinheira Maria de José Lacerda e a auxiliar de enfermagem Margarida Ferreira, acusadas de agressão contra uma idosa de 99 anos em um apartamento localizado em Copacabana, na zona sul da cidade, em data não especificada. Em depoimento, as duas mulheres negaram o crime.
Segundo a polícia, a ocorrência foi registrada pelo filho da vítima, que instalou câmeras de segurança após desconfiar das funcionárias --que eram pagas para cuidar da vítima. As imagens mostram a idosa sendo empurrada e recebendo tapas no momento em que tentava se levantar de um sofá.
Ao conseguir ficar de pé, a cozinheira tenta segurá-la e acaba se desequilibrando. A idosa permanece caída no chão durante cerca de sete minutos, sem receber ajuda. Em entrevista à "TV Globo", a titular da Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade, Catarina Noble, afirmou que uma das acusadas tentou "justificar o injustificável" dizendo que a idosa "não se afeiçoava a ela".
Lacerda e Ferreira teriam dito ainda, de acordo com a delegado, que a vítima seria uma pessoa "difícil de lidar no dia a dia". A reportagem do UOL não conseguiu localizar a cozinheira e a auxiliar de enfermagem para que elas comentassem as acusações.
Violência
Segundo levantamento do ISP (Instituto de Segurança Pública), órgão vinculado à Polícia Militar, os atos de violência contra a população idosa (acima de 60 anos) cresceram 91,2% entre 2002 e 2010.
O último flagrante de agressão a idoso registrado por meio de câmeras de segurança instaladas pelos próprios familiares da vítima havia ocorrido em novembro do ano passado. Na ocasião, Vera Lúcia Cardoso Gouveia, 49, foi presa depois que a polícia recebeu as imagens nas quais ela dá tapas, empurrões e e chega a jogar álcool sobre as partes íntimas de Tamine Warwar Buteri, 87. A idosa sofre de mal de Alzheimer.
Gouveia responde pelo crime de tortura e pode ser condenada a até oito anos de prisão em um futuro julgamento. O fato de a vítima ser idosa faz com que sua pena possa ser aumentada em até um terço.
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