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Justiça de São Paulo autoriza exumação do corpo de Marcos Matsunaga

Marcos Kitano Matsunaga, executivo da Yoki cujas partes do corpo foram achadas em uma estrada de Cotia (Grande São Paulo) - Reprodução/Futura Press
Marcos Kitano Matsunaga, executivo da Yoki cujas partes do corpo foram achadas em uma estrada de Cotia (Grande São Paulo) Imagem: Reprodução/Futura Press

Do UOL, em São Paulo

15/01/2013 22h09

O juiz Adilson Paukoski Simoni, da 5ª Vara do Júri do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), deferiu nesta segunda-feira (14) pedido de exumação do corpo do empresário e ex-diretor da Yoki Marcos Matsunaga, para realização de nova perícia.

O pedido foi formulado pela defesa de Elize Matsunaga, que teria matado a vítima --seu marido--, após descobrir que ele tinha uma amante.

A nova perícia servirá para determinar o exato momento de sua morte, pois há dúvidas se ele teria morrido em razão do tiro que atingiu sua cabeça ou se ainda estava vivo no momento em que seu corpo foi esquartejado.

Quando forem notificados da decisão judicial, o representante do Ministério Público e os advogados de Elize terão três dias para apresentar mais questões a serem respondidas pelo perito, bem como indicar assistente técnico. Após esse prazo, o perito terá dez dias para elaborar o laudo.

O crime

Um suposto caso extraconjugal teria sido o motivo de uma briga entre o casal no dia 19 de maio de 2012, que culminou com a morte do executivo. Elize era casada desde 2009 com Marcos, com quem tinha uma filha de um ano. O crime ocorreu no apartamento do casal, na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo.

Em depoimento à polícia no dia 6 de junho, Elize disse ter matado Matsunaga com um tiro de pistola calibre 380 na cabeça após uma discussão, quando ela contou ao marido que havia contratado um detetive e descoberto que o empresário havia saído com outras mulheres. “O marido deu um tapa no rosto dela e seguiu agredindo-a verbalmente; falou coisas bem pesadas”, disse o advogado.

No dia 20 de junho, Elize Matsunaga foi transferida da Cadeia Pública de Itapevi, na região metropolitana de São Paulo, para o Presídio Feminino de Tremembé, no interior paulista. O Complexo Penitenciário do Tremembé é conhecido por receber acusados em casos de grande repercussão, como Suzane von Richthofen e Anna Carolina Jatobá.

À época, o advogado de defesa de Elize, Luciano de Freitas Santoro, afirmou ao UOL que Matsunaga havia traído a mulher quando ela estava grávida, há cerca de dois anos.

“O casamento já não andava bem. Ela descobriu que ele a tinha traído de novo. Porque a primeira vez tinha sido há uns dois anos, quando ela estava grávida”, afirmou Santoro.