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UPPs de Manguinhos e Jacarezinho serão inauguradas hoje no Rio

Júlio Reis

Do UOL, no Rio

16/01/2013 06h00

Serão inauguradas nesta quarta-feira (16) as sedes das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) dos complexos de favelas de Manguinhos e Jacarezinho, na zona norte do Rio.

Os complexos vão contar com um efetivo de 1.131 policiais militares: sendo 588 policiais em Manguinhos e 543, em Jacarezinho, segundo a Coordenadoria de Policia Pacificadora da Secretaria de Segurança do Rio.

Os dois complexos foram ocupados em outubro do ano passado após uma megaoperação policial que envolveu policiais militares, civis, federais e fuzileiros da marinha.

Hoje, a operação de pacificação de Manguinhos e Jacarezinho está sob comando dos batalhões de Operações Policiais Especiais (Bope) e do Batalhão de Choque.

De acordo com dados do Censo 2010, o Complexo de Manguinhos tem 36 mil moradores e o do Jacarezinho, 38 mil.

Além do policiamento a pé e em viaturas, as UPPs contarão com rondas feitas por policiais treinados pelo Batalhão de Choque em moto patrulha.

Inicialmente, as UPPs funcionarão em bases administrativas instaladas em contêineres, já que ainda não foram definidos os locais de construção das base definitivas.

Em Manguinhos, a UPP contará com uma base administrativa, na Vila Turismo e outras duas bases de apoio nas comunidades de Manguinhos e Mandela.

A UPP Jacarezinho funcionará com a base administrativa na localidade conhecida como Azul e terá outras três de apoio no Campo do Abóbora e no Pica-Pau.

O capitão Marcelo da Silva Martins comandará a UPP de Manguinhos e o major Cláudio de Bessa, a UPP do Jacrezinho.

Cidade tem 80 UPPs

A primeira UPP foi instalada em dezembro de 2008 no morro do Santa Marta, na zona sul da cidade.

Com a inauguração das UPPs de Jacarezinho e Manguinhos, serão 30 as unidades instaladas na cidade do Rio de Janeiro, sendo 18 em localidades da zona norte, sete na zona sul, três no centro e duas na zona oeste.

Segundo dados divulgados pelo governo do Rio, são mais de 8.000 o número de policiais com treinamento de polícia de proximidade que integram as equipes lotadas em comunidade com UPPs.

Apesar do relativo sucesso no domínio dos territórios e diminuição dos casos de violência, moradores das áreas ainda se queixam de agressões e abordagens hostis de policiais, assim como do lento avanço na infraestrutura e maior presença de outros serviços públicos nas comunidades.