Após ser baleada em atentado, morre testemunha do caso Décio Sá em hospital do Maranhão
Considerada peça importante nas investigação do grupo de agiotagem acusado de matar o jornalista Décio Sá em 23 de abril de 2012, em São Luís, Ricardo Silva, 35, conhecido como “Ricardinho”, morreu na madrugada dessa terça-feira (13). Ele estava internado no hospital Carlos Macieira havia três semanas. Há um mês ele foi vítima de um atentado no bairro do Turu, na capital maranhense, quando levou sete tiros.
Ricardinho foi vítima de atentado no dia três de janeiro, quando dois homens em uma moto se aproximaram e dispararam várias vezes contra ele. Ele levou tiros no rosto, abdomen, pernas e braços.
Ricardinho teria ligação com o grupo de agiotas acusado de tramar a morte e executar o jornalista. A polícia aguardava a melhora da testemunha para tomar novo depoimento, já que Ricardinho teria prometido contar novos detalhes sobre o esquema que estava sendo investigado pelo jornalista. A testemunha também era acusada de participação em outro crime --o atentado ao prefeito de Bom Lugar, Marcos Miranda, em outubro de 2008.
Outro crime
Esse não é o primeiro caso de atentado pós-investigações da morte de Décio Sá. Um dos suspeitos do crime foi morto a tiros na noite em junho de 2012. Valdênio José da Silva, 38, chegou a ser preso três dias após o crime por suspeita de participação no assassinato, mas foi liberado 30 dias depois por falta de provas incriminatórias.
Ele foi morto na Vila Pirâmide, no bairro da Raposa, quando foi atingido por cinco tiros de revólver calibre 38.
Morte e mandantes
O jornalista Décio Sá foi assassinado no dia 23 de abril, por volta das 23 horas, quando estava esperando amigos no bar Estrela do Mar, localizado na avenida Litorânea, na capital maranhense. Dois homens chegaram em uma moto, e um deles deflagrou cinco tiros contra Sá, que morreu na hora.
Após o crime, a dupla fugiu na moto, mas depois abandonou o veículo e fugiu em direção às dunas, andando até a área da Curva do 90. Durante a fuga, o executor deixou o pente da pistola cair no local, e por meio dele foi reconhecida a arma usada para praticar o crime.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, um grupo de empresários que cometia atos ilícitos se uniu para contratar o pistoleiro. De acordo com a polícia, o grupo fez uma espécie de consórcio para arrecadar R$ 20 mil como parte inicial da contratação de Johnatan, que está detido desde o último dia cinco de junho.
Os mandantes do assassinato teriam sido: José de Alencar Miranda Carvalho, 72, Gláucio Alencar Pontes Carvalho, 34, Airton Martins Monroe, 24. O assassinato teria custado R$ 100 mil, mas não teria sido pago por falta de dinheiro, e os contratantes estavam envolvidos em tráfico de drogas para arrecadar o valor restante. Nove pessoas acusadas de envolvimento no crime foram presas.
O caso está atualmente na fase judicial. A Justiça começou a ouvir, no dia 28 de janeiro, os depoimentos de testemunhas.
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