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Casas construídas para desabrigados em Niterói também apresentam rachaduras

Casas em construção apresentam rachaduras no conjunto habitacional do programa Minha Casa Minha Vida, no bairro do Fonseca - Zulmair Rocha/UOL
Casas em construção apresentam rachaduras no conjunto habitacional do programa Minha Casa Minha Vida, no bairro do Fonseca Imagem: Zulmair Rocha/UOL

Carolina Farias e Zulmair Rocha

Do UOL, no Rio e em Niterói

25/03/2013 18h34

Casas construídas junto aos apartamentos do conjunto Zilda Arns 2, em Niterói, que receberão desabrigados após as chuvas de abril de 2010, que devastaram o morro do Bumba, também apresentam rachaduras e podem ser demolidas.

As construções são térreas e estavam sendo construídas para portadores de necessidades especiais. A reportagem do UOL flagrou ao menos duas casas com rachaduras. A Imperial Serviços Limitada, que realiza as construções, informou que os danos estão sendo avaliados e, se necessário, esses blocos serão demolidos. Ao todo, o conjunto tem 11 casas em construção, mas a empresa não informou se todas apresentam rachaduras.

Nesta segunda-feira (25), a empresa conclui a demolição do prédio do bloco 5 do conjunto. Na semana passada, foram flagradas rachaduras e danos estruturais em dois dos prédios do conjunto, os blocos 5 e 3. A empresa afirma que os problemas ocorreram devido a uma forte chuva que atingiu a região metropolitana do Rio entre os dias 17 e 18 deste mês. O bloco 3 também deve ser demolido nesta semana.

Os edifícios fazem parte do programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal, e deveriam ser entregues aos sobreviventes em julho deste ano. Na tragédia do morro do Bumba, deslizamentos de terra causados pela chuva provocaram a morte de mais de 50 pessoas e deixaram dezenas de desaparecidos. 

De acordo com a Caixa, responsável pelo programa federal, a obra se desenvolvia normalmente, com 89% de execução, sem nenhuma evidência de problemas. O banco afirma que as rachaduras apareceram na semana passada. A demolição está sendo realizada com máquinas, começando pelos andares de cima e descendo até o solo. Os custos da demolição, segundo a Caixa, serão da construtora. 

A Caixa informou que uma equipe acompanha a demolição e vai e adotar todas as medidas para a continuidade da construção, logo que as obras forem liberadas pelos técnicos. O banco também contratou uma perícia técnica para a conclusão de estudo complementar, que vai identificar o que provocou os danos. O resultado deve sair em até 15 dias após a demolição. A retomada das obras vai ocorrer após a apresentação de novo projeto, que deve atender às recomendações apresentadas nos laudos técnicos.

O valor total do empreendimento é de R$ 21.888.825,50. O conjunto tem nove blocos, com 40 apartamentos cada, distribuídos em cinco andares (térreo e mais quatro pavimentos) e 11 casas. Ao todo, são 371 unidades habitacionais.