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Reconhecido no Facebook, suspeito de sequestro é preso em Praia Grande (SP)

A imagem que ajudou os policiais a reconhecer Baccarin foi postada em julho do ano passado. Nela, o acusado aparece com um leque de notas de R$ 50 e R$ 100 - Reprodução/Facebook
A imagem que ajudou os policiais a reconhecer Baccarin foi postada em julho do ano passado. Nela, o acusado aparece com um leque de notas de R$ 50 e R$ 100 Imagem: Reprodução/Facebook

Rafael Motta

Do UOL, em Santos (SP)

02/04/2013 12h29

A Polícia Civil de Santos (72 km de São Paulo) recorreu a uma foto na rede social Facebook para identificar e prender nesta segunda-feira (1º) um dos suspeitos de participar de um sequestro-relâmpago no mês passado. William Alan Baccarin, o “Vida Loka”, 25, foi detido quando saía de casa, no bairro Tupi, em Praia Grande (71 km de São Paulo).

A imagem que ajudou os policiais a reconhecer Baccarin foi postada em julho do ano passado. Nela, o acusado aparece com um leque de notas de R$ 50 e R$ 100. Uma das pessoas que comentou na foto escreveu: “Fez a Boa em mano [sic]”, o que levou a polícia a desconfiar. Ele já era suspeito de participação em outros crimes do tipo e, em 2011, havia sido preso por tentativa de roubo e corrupção de menor.

De posse da imagem, o delegado supervisor do GOE (Grupo de Operações Especiais), Marcelo Gonçalves da Silva, pediu os mandados de prisão temporária e de busca e apreensão. "A vítima o havia reconhecido por foto e ontem fez o reconhecimento pessoalmente", contou Silva. "Algumas pessoas curtiram a imagem, e a polícia 'curtiu' também." 

Baccarin foi detido também por posse ilegal de munição para pistola calibre 380. Ele alegou que as cápsula encontradas em sua casa eram "enfeites".

Ele foi encaminhado para a cadeia anexa à Delegacia Sede de Praia Grande, e o delegado pedirá sua prisão preventiva (até o julgamento).

O crime

A vítima do sequestro-relâmpago, uma jovem de 24 anos, foi raptada por três homens em 21 de março, no mesmo bairro onde mora Baccarin.

O trio rendeu a jovem em sua caminhonete Chevrolet S-10 e a manteve refém enquanto sacava dinheiro de um caixa eletrônico usando o cartão da jovem. Depois, tentou vender o veículo para comprar drogas.

Irritado por não ter conseguido se desfazer do carro, Baccarin bateu a caminhonete de propósito. Depois, continuou circulando com a vítima e os dois comparsas, ainda não reconhecidos, por morros de Santos.

Eles teriam consumido entorpecentes diante dela, que foi libertada no bairro Alemoa, uma região industrial e próxima a favelas em Santos, onde policiais encontraram a caminhonete.