Estudante morre após participar de competição para ver quem tomava mais tereré
A estudante de serviço social Luana Priscyla Fernandes Soares, 21, morreu na terça-feira (30) à tarde, no hospital da Santa Casa de Campo Grande, dois dias após passar mal durante a chamada “Roda de Tereré”, evento promovido pela emissora de rádio Blink 102.
O evento é um torneio criado no ano passado e vence a competição --que reuniu cerca de 50 mil pessoas, segundo a organização--, o grupo formado por dez pessoas que beber mais tereré, bebida típica em Mato Grosso do Sul, feito da mistura de água gelada com erva mate. O prêmio é de R$ 5.000.
Luana, mãe de um bebê de oito meses, participava do evento ao lado de amigos e do marido, o auxiliar de escritório, Welton Godoy Miranda, 29, com quem era casada há dois anos. Cerca de um hora depois do início da concorrência, que começou às 16h do domingo (28), a estudante passou mal e foi atendida por enfermeiros do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que estavam no local, na região do bairro Amambai.
No entanto, a jovem piorou e foi levada até um posto de saúde e, perto da meia-noite, conduzida para a Santa Casa, onde morreu na terça-feira à tarde.
“Escreveram no atestado de óbito que ela morreu vítima de acidente vascular cerebral, em síntese é isso”, disse o marido de Luana, também químico.
Ele afirmou ao UOL que “ao menos por enquanto não pensa em nada, mexer com Justiça ou saber, de fato”, do que morreu a estudante.
Questionado se ele desconfia se o AVC tenha sido provocado pela ingestão do tereré, ele desconversou: “não sei, disseram que foi AVC, agora não sei, estou resolvendo problema do cemitério”, disse o rapaz. Luana foi enterrada ontem (1º).
Ele acha que a equipe médica demorou em transferir a mulher do posto de saúde para o hospital. Quando passou mal, a estudante vomitava muito, segundo o marido, que disse ainda que a mulher sempre bebia tereré.
A emissora de rádio emitiu uma nota em que diz que é “importante esclarecer que o motivo do lamentável óbito foi um aneurisma cerebral, ou seja, uma triste fatalidade”. O comunicado cita ainda que “acompanhou Luana e não mediu esforços para garantir o atendimento da jovem”.
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