PM diz que Tropa de Choque reagiu a grupo de manifestantes que agrediu policiais
A Polícia Militar de São Paulo divulgou uma nota em que busca esclarecer detalhes sobre o vídeo em que um tenente-coronel da PM negocia com manifestantes no início do protesto de quinta-feira (13). A PM diz que havia um acordo com líderes do protesto sobre a área em que os manifestantes percorreriam e atribui a um grupo de manifestantes que "não participou do acordo" agressões a um grupo de policiais, que reagiu aos ataques.
No vídeo, produzido pelo portal Estadão, o tenente-coronel Ben-Hur Junqueira Neto aparece parabenizando a organização do protesto a um representante do movimento Passe Livre. divulgada pela agência.
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- http://noticias.uol.com.br/enquetes/2013/06/13/voce-e-a-favor-da-repressao-policial-a-manifestantes.js
A nota da PM afirma que "havia um acordo prévio que não fora cumprido". "Ocorre que os manifestantes compõem um grupo bastante heterogêneo. Declaram-se líderes do movimento três pessoas, das quais duas foram reconhecidas pela PM. Apenas uma das lideranças participa da negociação, como se pode ver no vídeo, enquanto o tenente-coronel exige a presença da segunda. Nesse momento, um grupo de manifestantes que não participam do acordo passa a atirar pedras e outros objetos em um grupo de PMs que tentava impedir a subida dos ativistas até a rua da Consolação. Foi a partir desta agressão que o pelotão de choque agiu para conter as agressões. Da forma que foi editado o vídeo e escrita a matéria no portal, passa-se a falsa impressão que o tenente-coronel sabia que os manifestantes seriam atacados, o que não é verdadeiro", diz a nota.
Protesto de quinta-feira foi o mais violento
Com forte repressão por parte da Polícia Militar, que mobilizou tanques blindados, helicópteros, cavalaria, a Tropa de Choque e policiais da Rota e da Força Tática, o quarto ato contra o aumento das tarifas do transporte público em São Paulo, realizado na noite desta quinta-feira (13), terminou sendo o mais violento da série de manifestações ocorridas na cidade nos últimos dias.
O protesto começou na praça Ramos de Azevedo, no centro. De lá, o grupo, de cerca de 5.000 pessoas, segundo a PM, seguiu até a rua da Consolação, na altura da praça Roosevelt. Até então, não havia registro de ocorrências graves. Em um dado momento, por volta de 19h10, começou o confronto. Segundo o jornalista Elio Gaspari, da Folha de S.Paulo, os distúrbios começaram pela ação da polícia, mais precisamente por um grupo de uns 20 homens da Tropa de Choque, que chegaram com esse propósito.
A PM usou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os ativistas, que responderam atirando objetos, queimando lixo e pichando diversos pontos das ruas do centro. Transeuntes que não estavam participando do protesto foram atingidos, jornalistas que estavam cobrindo o ato foram feridos e presos e muitas pessoas ficaram encurraladas na região.
Confira os quatro dias de protesto em imagens
Policial atinge cinegrafista com spray de pimenta
PM agride clientes de um bar na avenida Paulista
Policial atira bombas contra manifestantes
Cartaz faz referência à música Cálice, de Chico Buarque, escrita durante a ditadura
Manifestantes se ajoelham para tentar se proteger de ação policial
Mulher anda de bicicleta em meio a confronto entre policiais e manifestantes
Garota segura flor enquanto usa orelhão pichado durante protesto
Mulher é ferida na cabeça ao passar por confronto entre polícia e manifestantes
Policial atira contra manifestantes em rua do centro de São Paulo
Vídeo mostra policial quebrando o vidro do próprio carro da polícia em SP
Vídeo mostra PMs agredindo e prendendo jornalista em ato
Manifestante faz sinal da paz para policiais
Policial Militar aponta arma para se defender de agressores
Manifestantes se ajoelham diante de PMs durante protesto na avenida Paulista
Policial tenta apagar fogo provocado por manifestantes
Manifestantes fazem fogueira durante protesto contra o aumento das passagens
Manifestantes tomam a avenida Paulista no segundo protesto
Multidão participa do primeiro protesto contra a aumento na tarifa de ônibus
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