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Comandante da Gol é acusado de xingar aeromoças pelo sistema de som durante voo

Jorge Estevão

Do UOL, em Cuiabá

28/06/2013 13h04

O comandante do voo G3 1877 da companhia aérea Gol, que saiu de Cuiabá às 19h30 e chegou ao aeroporto de Guarulhos às 22h (horário de Brasília) desta quinta-feira (27), é acusado de xingar as comissárias de bordo durante voo. O piloto deixou o sistema de som ligado e falou palavrões direcionados às aeromoças. Uma delas chorou diante de passageiros.

O relato das ofensas foi feito à reportagem do UOL pela jornalista Camila Bini, que está em São Paulo em viagem de negócios. Segundo ela, a aeronave se aproximava de Guarulhos quando o comandante anunciou a chegada e falou que todos se preparassem para a aterrissagem, como acontece de praxe.

Em seguida, o comandante teria declarado frases ofensivas às aeromoças, reproduzidas pela jornalista que estava no avião: “Cadê aquelas putas? Vou me preparar sem elas. Que merda, que se fodam elas”.

As ofensas, segundo a jornalista, foram ouvidas pela maioria dos passageiros em alto som pelo sistema de comunicação da aeronave. “Todos ficaram espantados, e o comandante falava com voz enrolada”, afirmou Camila.

Uma das aeromoças levou as mãos ao rosto e chorou bastante, segundo a jornalista. “A outra fez cara de ‘paisagem’”, disse Camila, acrescentando que só havia duas comissárias no voo 1877, que estava lotado.

Na saída da aeronave, algumas passageiras disseram que iriam fazer uma manifestação contra a Gol, no aeroporto, promessa essa que não foi realizada. “Fiquei apavorada com esse comandante, que mostrou não gostar da equipe (de aeromoças)”, afirmou a jornalista.

Gol reconhece episódio

A Gol Linhas Aéreas reconheceu o episódio por meio de nota, segundo a qual “lamenta o ocorrido no voo G3 1877 e destaca que a atitude do comandante foi um fato isolado, que vai contra todos os princípios e normas de conduta e ética praticados pelos colaboradores da empresa”.

Ainda segundo a nota, a “companhia destaca que todas as medidas internas necessárias já estão sendo tomadas a fim de garantir a integridade moral das comissárias e de todos os seus colaboradores”.