Incêndio mata homem e animais e destrói plantações em Mato Grosso do Sul
A Defesa Civil considerou como o maior da história de Mato Grosso do Sul o incêndio que começou nessa quinta-feira (22) às margens da BR-463, entre a cidade de Dourados e Ponta Porã, matando uma pessoa e dezenas de animais. A área tomada pelo fogo ainda não foi calculada, mas as chamas atravessaram vários sítios da região, ultrapassou o rio Dourados e se aproximou do perímetro urbano de Dourados.
De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Joilson Alves do Amaral, o incêndio foi constatado por volta das 11h. "Uma guarnição que atendia à ocorrência no parque Alvorada viu uma grande fumaça vindo de um canavial. A partir daí, a equipe de combate a incêndio se deslocou até o local, e os trabalhos se estenderam até 21h, quando as chamas foram debeladas", disse o comandante.
Há chances de outros incêndios de grandes proporções voltarem a ocorrer. "A geada forte secou muitas plantações e pastos na região, e aliado à baixa umidade do ar, temperatura alta e vento, a possibilidade de novas ocorrências é considerada grande", disse Amaral, esclarecendo que a população não deve, em hipótese alguma, atear fogo em terrenos baldios ou pastagem.
O incêndio causou vários estragos. Plantações de cana-de-açúcar e de milho foram devastadas, e dezenas de cabeças de gado morreram. Somente no sítio Boa Vista, do produtor rural Walter Beloto, aproximadamente 40 bois morreram. O prejuízo é de pelo menos R$ 200 mil
O homem encontrado morto às margens da BR-463 é identificado apenas como Josias. Ele é do estado do Pernambuco e estaria há pouco tempo em Dourados. O barraco que ele vivia foi consumido pelas chamas. Um assentamento de indígenas sem aldeia naquela região também foi destruído, porém não há nenhum registro de feridos.
Outro grande prejuízo constatado pela reportagem que sobrevoou a área, foi a mata de preservação ambiental que também foi atingida pelas chamas. Ainda pela manhã desta sexta feira a reportagem flagrou dois animais agonizando no pasto, que foi destruído pelo fogo, na fazenda Curral de Arame.
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