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Energia é restabelecida em todas as capitais do Nordeste

Do UOL, em São Paulo

28/08/2013 17h02Atualizada em 28/08/2013 21h11

A energia nas capitais do Nordeste foi restabelecida totalmente no início da noite desta quarta-feira (28) após um apagão generalizado na região. Ainda assim, conforme o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, algumas cidades do interior dos Estados podem demorar para voltar a ter eletricidade.


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O apagão, que teve início às 15h03, foi considerado de "grande porte" pela Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco). Segundo o ONS (Operador Nacional do Sistema), a queda da energia na região foi provocada por queimadas no Piauí.

A carga de energia para a região Nordeste, conforme apontou a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), caiu de 10 mil megawatts para 1.000 megawatts. Com a queda, ao menos 16 milhões pessoas de todos os Estados do Nordeste --Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Norte, Piauí, Alagoas, Ceará, Paraíba, Sergipe e Maranhão-- ficaram sem luz.

Para analisar a profundidade da ocorrência, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, convocou uma reunião de emergência com o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, para as 11h desta quinta-feira (29).

Histórico dos apagões

No ano passado, em 22 de setembro, um apagão atingiu oito dos nove Estados do Nordeste. A causa foi um incêndio na subestação de Imperatriz (MA).

Estados afetados pelo apagão

  • Arte UOL

No dia 2 de outubro, outro apagão deixou cinco Estados das regiões Sudeste e Centro-Oeste no escuro. A falha teria ocorrido em um dos transformadores de aterramento de uma subestação da usina hidrelétrica de Furnas, em Minas Gerais.

Em 26 de outubro novo blecaute, desta vez atingindo onze Estados das regiões Norte e Nordeste do país. A causa do apagão foi novamente um incêndio em equipamento entre as subestações de Colinas (TO) e Imperatriz (MA).

No dia 15 de dezembro, uma falha na usina hidrelétrica Itumbiara, localizada na divisa de Goiás com Minas Gerais, foi responsável por um apagão que atingiu 15 Estados e deixou cerca de 3,5 milhões de pessoas sem energia. A hidrelétrica é de propriedade da Eletrobras Furnas.

O problema teria sido provocado por um raio que atingiu a linha de transmissão, automaticamente desligada pelos disjuntores da subestação. Algumas das turbinas da usina teriam parado de funcionar, e o sistema de segurança desligou os geradores, cortando o fornecimento de energia.

Nordeste vive caos no trânsito e serviços após apagão

Levantamento feito pela Empresa de Pesquisa Energética em novembro do ano passado apontou que o setor elétrico teria de investir R$ 268,8 bilhões até 2021 para evitar o risco de apagões. Para atender à demanda futura, o país precisaria gastar cerca de R$ 213 bilhões na construção de 65,4 mil MW em usinas (algo como seis hidrelétricas de Belo Monte). Além disso, o país vai precisar aplicar R$ 55,8 bilhões na construção de 47,7 mil quilômetros de linhas de transmissão no território nacional --o mesmo que instalar oito linhões de transmissão de energia ligando o Oiapoque (AP) ao Chuí (RS). (Com reportagem de Gil Alessi, informações da Agência Brasil e Reuters)