Balão de 50 metros de altura cai e bandeira encobre escola em Jundiaí (SP)

Um balão com 50 metros de altura e que carregava uma bandeira com 100 metros de comprimento por 50 metros de largura caiu em uma escola pública da zona rural de Jundiaí (58 km de São Paulo), por volta das 8n30 desta sexta-feira (13). Ninguém se feriu.

Três pessoas foram detidas, suspeitas de terem participado da soltura do balão uma hora e meia antes, em Igaratá, na região do Vale do Paraíba, e a cerca de 100 km de distância de Jundiaí.

No momento da queda, 128 alunos estavam na Emeb (Escola Municipal de Educação Básica) Professor Oscar Augusto Guelli que ficou totalmente coberta pela bandeira, que também atingiu ainda uma chácara vizinha, cuja casa teve parte do telhado quebrado. As aulas não foram suspensas, mas os estudantes foram para fora das salas de aula, por causa da curiosidade.

A dona de casa Cristiane Cruz da Silva, 36, que mora na chácara, conseguiu correr para pegar o neto, de um ano e meio, que brincava no quintal.  “Foi um susto grande”, afirmou.

Cerca de 5.000 metros quadrados de mata acabou queimada com a queda do balão. O fogo foi apagado por um sitiante, com um trator usado para sistema de irrigação na região, famosa pelo plantio de uva e produção de vinho artesanal.

A Secretaria de Serviços Públicos de Jundiaí usou seis caminhões para levar os destroços do balão e da bandeira, com desenhos de animais, para uma usina de reciclagem de Jundiaí, que iria fazer a pesagem, de acordo com solicitação da polícia. Junto com o material havia bambu, corda e mosquetões (uma espécie de anel usado em alpinismo).

Na delegacia

Por volta das 8h10, o bolão foi flagrado por uma câmera de monitoramento na Serra do Japi e cinco carros da Guarda Municipal fizeram a perseguição, durante 20 minutos, até a queda. Pouco depois, um policial militar avistou um professor de educação física de 35 anos, morador em Joanópolis (na região de Atibaia), saindo da mata. Próximo a ele havia um telefone celular com imagens gravadas da soltura do balão.

O professor denunciou outras duas pessoas que esperavam dentro de um carro, estacionado próximo ao local: um auxiliar de escritório, de 23 anos, e um mecânico, de 33. Os três foram levados para o 3º Distrito Policial e o delegado Fernando Bardi arbitrou fiança de dois salários mínimos para cada um.

De acordo com a Guarda Municipal esse é o oitavo balão recolhido somente em 2013 na cidade de Jundiaí (em todo o ano passado foram quatro). O último ficou preso, aceso, entre fios da rede elétrica em um condomínio de casas de alto padrão na região central da cidade. Ao todo, nove pessoas foram detidas pela GM este ano.

Segundo estatísticas do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos), somente no segundo semestre o órgão recebeu 84 denúncias de balões, feitas por pilotos e aeroportos em todo o país. Destas, 27 ocorreram entre São Paulo e Campinas e nove em Bragança Paulista (62 km de Jundiaí).

No 27 de julho, por volta das 20h10, um piloto de uma escola de aviação informou à torre do aeroporto de Jundiaí de que havia um balão que oferecia riscos na rodovia Anhanguera, próximo de onde voava.