Narco espanhol perdeu carga milionária de haxixe e vivia com luxo em SC

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Patrulheiros de Gibraltar, um enclave no extremo sul da Espanha que está sob domínio britânico desde o século 18, perseguiam uma embarcação suspeita na noite de 13 de abril de 2017.
O barco monitorado se dirigia à cidade espanhola de San Roque e carregava pelo menos 85 fardos de resina de haxixe, avaliados em quase 16 milhões de euros (R$ 100 milhões na cotação atual), de acordo com documentos do governo do país europeu.
Depois de perceber a presença da patrulha britânica, quem dirigia o barco carregado com as drogas realizou várias manobras perigosas. Ao fim da perseguição marítima, os barcos acabaram colidindo.
Neste momento, os traficantes começaram a jogar parte dos fardos no mar e entraram em luta corporal com os agentes.
Um dos traficantes conseguiu espancar um dos patrulheiros e se jogou ao mar. Ele teve que ser resgatado pelos agentes para não se afogar. Seu nome: Jorge Ezequiel Perez Fernandez. Por circunstâncias ainda não esclarecidas, ele saiu da prisão espanhola e veio se esconder no Brasil.
Quase oito anos depois, Fernandez foi preso na última quinta-feira por agentes da Polícia Federal brasileira em Florianópolis, onde vivia em uma mansão em um bairro de classe média alta da capital catarinense.
Agentes da PF afirmam que o narcotraficante espanhol lavava dinheiro no Brasil. Com ele, foram apreendidos relógios e carros de luxo e até uma lancha.
Na Justiça Federal de Santa Catarina, ele responderá pelo crime de lavagem de dinheiro.
O governo da Espanha o procura para responder por crimes relacionados a tráfico de drogas desde 2019, ano em que ele deve ter sido mudado para o Brasil.
Um processo de extradição deve ser aberto em breve. O relator será o ministro Flávio Dino, que determinou sua prisão preventiva a pedido da Interpol (Polícia Internacional).
A coluna enviou perguntas ao advogado de Fernandez sobre as acusações da Justiça espanhola e a suspeita de lavagem de dinheiro no Brasil. Se houver resposta, o texto será atualizado.
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