Haddad diz que servidora foi exonerada por quebra de confiança
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta quinta-feira (7) que a exoneração da servidora Paula Sayuri Nagamati se deu por "quebra de confiança" e pela sua proximidade com os fiscais investigados.
Em depoimento ao Ministério Público, a auditora disse ter ouvido de um auditor preso sobre uma colaboração à campanha do secretário de Governo, Antonio Donato, à Câmara, em 2008, com "dinheiro fruto da fiscalização".
Haddad também afirmou que a situação do secretário - ele não citou nenhum nome, é 'delicada'. O UOL errou ao informar anteriormente que a frase fazia menção ao secretário Donato ou ao secretário das Finanças Marcos Cruz.
De acordo com Haddad, a demora de Nagamati em se apresentar para colaborar com as investigações também contribuiu para a sua exoneração. "O secretário está numa situação delicada. Ele precisa de uma equipe que o proteja, que o informe e que preste conta", disse Haddad.
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"A pessoa que a nomeou tem o direito de substitui-la em função da proximidade dela com o grupo que está sendo investigado. O secretário não é obrigado a mantê-la”, disse.
Segundo a Promotoria, porém, Paula não é alvo de investigação. "A Paula Sayuri sempre foi e está sendo tratada como testemunha. Não existe qualquer acusação formal, qualquer fato imputado a ela que a coloque como investigada", disse o promotor Roberto Bodini ao jornal “Folha de S. Paulo”.
Paula foi a segunda pessoa que apontou para uma ligação de Donato, braço político de Haddad, com a quadrilha.
Antes dela, Vanessa Alcântara, ex-namorada do auditor fiscal Luís Alexandre Cardoso Magalhães, um dos suspeitos de participação no esquema, acusa o ex de ter dado R$ 200 mil para a campanha de Donato em 2012. Na mesma gravação, ele afirma desconhecer o secretário.
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