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Para brasileiros, saúde e segurança são principais problemas em 2014

Hospital da Restauração, no Recife, sofre com precariedade da instalação elétrica; saúde é apontada como pior problema para brasileiros - Divulgação - 22.nov.2013
Hospital da Restauração, no Recife, sofre com precariedade da instalação elétrica; saúde é apontada como pior problema para brasileiros Imagem: Divulgação - 22.nov.2013

Bruna Borges

Do UOL, em Brasília

12/02/2014 16h16Atualizada em 12/02/2014 18h12

Pesquisa inédita divulgada nesta quarta-feira (12) aponta que as deficiências dos serviços de saúde, segurança e educação são os principais problemas do país. Levantamento CNI (Confederação Nacional da Indústria) em parceria com o Ibope mostra que quase metade da população (49%) afirma que melhorar os serviços de saúde deve ser prioridade para o governo em 2014, ano eleitoral.

A pesquisa levantou os problemas do país, dos Estados e dos municípios e o que a população considera prioridade para o governo federal.

De acordo com o levantamento, 31% das pessoas entrevistadas afirma que o governo precisa investir em combate à violência e à criminalidade. E para 28%, é necessário melhorar a educação.

Para os entrevistados, o combate às drogas também merece destaque: 23% dos entrevistados destacou esta prioridade. O mesmo número de entrevistado citou o reajuste do salário mínimo. E 20% deles priorizaram o combate à corrupção.

Ainda segundo a pesquisa, para 18% dos entrevistados a prioridade para 2014 é promover a geração de empregos. Já para 17% deles, o mais importante é reduzir impostos; para 14% é preciso reduzir o gasto público e controlar a inflação.

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  • http://noticias.uol.com.br/enquetes/2014/02/12/para-voce-qual-o-principal-problema-do-brasil.js

"Esses problemas não são novos e devem ser priorizados não só por esse governo, como também pelos próximos. Não são questões de solução fácil e que possam ser resolvidas no curto prazo", afirma o gerente de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, em nota divulgada à imprensa.

Dados por cidade

Quando analisados os dados por cidade, a pesquisa mostra que as preocupações variam de acordo com o porte do município.

Cidades com menos de 20 mil habitantes se preocupam mais com a saúde (40%), com a geração de empregos (32%) e com a segurança pública (26%).
Embora também priorizem a preocupação com saúde (40%), entrevistados que moram em cidades com mais de 100 mil habitantes destacam em segundo lugar a preocupação com segurança pública (39%), e em terceiro citam a educação (26). Geração de empregos é prioritário apenas para 15% deles.

Apesar de saúde ser destaque entre os entrevistados, não há consenso sobre as demais prioridades, quando se analisa recortes por faixas de renda e por escolaridade.

Segundo o levantamento, os entrevistados que tem renda familiar de até um salario mínimo considera como segunda prioridade combater a violência e a criminalidade (30%) e terceira aumentar o salario mínimo (28%). Em seguida vem promover a geração de empregos (26%) e melhorar a qualidade da educação (22%).

Diferente dos entrevistados com renda familiar até dez salários mínimos, que avaliam que melhorar a educação é mais importante (31%), seguido de combater a criminalidade e a violência e reduzir impostos (27%). Controlar a inflação e combater a corrupção é destacada por 23% dos entrevistados. E reduzir os gastos públicos vem em quinto lugar para 20% dos entrevistados.

Dos entrevistados com maior grau de escolaridade mais elevado, a melhoria da qualidade da educação, o combate à corrupção, a redução dos impostos e o controle da inflação são os principais problemas a serem atacados.

Destacam o aumento do salário mínimo e as políticas de promoção do emprego os entrevistados que têm escolaridade mais baixa.

Os dados fazem parte do levantamento Retratos da Sociedade Brasileira - Problemas e Prioridades para 2014. A pesquisa apresenta dados de todo o país, por Estados e municípios. A CNI e o Ibope ouviram 15.414 pessoas. A margem de erro é de dois pontos percentuais.