Motorista de ônibus incendiado toma calmante e quer largar profissão
William Olimpio de Souza, 34, trabalha como motorista de ônibus há cerca de cinco anos na capital paulista. Após ter o ônibus queimado, ele pensa em deixar a profissão por falta de segurança.
O ataque aconteceu em 23 de janeiro deste ano, no dia do aniversário do motorista. Ele conta que fazia a última 'viagem' do dia quando, por volta das 18h, o ônibus que dirigia foi incendiado por criminosos na rua Padre Domingos Cunha, no Jardim das Rosas, na região do Capão Redondo, zona sul de São Paulo.
Pai de três crianças --de três, cinco e sete anos--, William ficou 15 dias afastado do serviço. Por orientação médica, ele deveria ter passado mais tempo de licença, mas resolveu voltar. "Ficar em casa sem fazer nada é pior", conta.
William fala que as cenas de violência que presenciou insistem em voltar a sua mente. Ele diz que tem tomado calmante para conseguir dormir.
De volta ao trabalho, ele conta que não tem sido fácil. A todo instante, William tem medo que a situação se repita. Por isso, ele começou a distribuir currículos e está determinado a deixar de dirigir ônibus.
Onda de ataques
São Paulo vive uma onda de ataques a ônibus desde o começo deste ano. De 1º de janeiro até ontem (12), 50 ônibus tinham sido queimados na Grande São Paulo.
De acordo com a SPTrans, empresa responsável pelo transporte público por ônibus em São Paulo, e a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo), em todo o ano de 2013, foram registrados 77 casos de ataques incendiários a ônibus na região.
Em nota, a Secretária de Segurança Pública do Estado informou que 37 pessoas suspeitas de incendiar ou depredar ônibus na cidade de São Paulo foram presas. Outras cinco foram identificadas
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