Bandidos do PCC fazem voos de rotina e aula de pilotagem em SP
O dinheiro abundante do tráfico de drogas fez com que o uso de aeronaves se tornasse comum entre os criminosos do Primeiro Comando da Capital (PCC). A facção usa helicópteros para o transporte de malotes com milhões de reais de uma região para a outra do Estado e para pagar fornecedores de maconha e de cocaína.
A origem do PCC
A facção criminosa PCC foi criada em agosto de 1993, num presídio de Taubaté (a 140 km de São Paulo).
Ela surgiu após o massacre do Carandiru, ação policial que deixou 111 presos mortos na invasão do pavilhão 9 da antiga Casa de Detenção.
O grupo fundador do PCC reivindicava o fim da linha dura e dos maus-tratos contra os presos.
Marcola assumiu a chefia da facção no final de 2002. Ele está preso por roubo a bancos.
No dia 29 de janeiro, por exemplo, integrantes da facção embarcaram em um helicóptero no Guarujá, no litoral paulista, para levar R$ 1,4 milhão para São Paulo. A aeronave pousou no Campo de Marte, na zona norte, onde os bandidos desembarcaram com o dinheiro em malotes.
Um grupo de choque do PCC os aguardava e fez a segurança do dinheiro até a zona leste da capital. Segundo o relatório da inteligência policial paulista, o dinheiro havia sido arrecadado com o tráfico de drogas na Baixada Santista. Ele seria destinado para o pagamento de fornecedores das drogas.
Os homens da inteligência desconfiam que o helicóptero usado para transportar o dinheiro seja o mesmo que serviu para o voo de reconhecimento do plano de resgate, feito por Márcio Geraldo Alves de Ferreira, o Buda, em 29 de novembro do ano passado.
Ele é um dos suspeitos apontados pela polícia como responsável por montar a base de apoio dos criminosos em Porto Rico, no Paraná, para resgatar Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola.
Buda seria também o responsável pelos contatos dos alunos de pilotagem do PCC com o bandido Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, que se esconde no Paraguai, onde é o gerente dos negócios de Marcola.
Na semana passada, o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) pediu à Justiça sua prisão temporária, que foi negada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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