PF prende homem apontado como chefe do tráfico do Complexo da Maré, no Rio
Policiais federais prenderam na noite de quarta-feira (26) homem apontado como chefe do comércio de drogas em parte do Complexo da Maré, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro. Ele foi preso em condomínio na avenida Geremário Dantas, em Jacarepaguá, na zona oeste, por 20 agentes da PF.
O bandido, que teria sido levado ao local ontem mesmo por um aliado, estava sem carro na garagem. O condomínio no qual ele estava foi construído recentemente e tem piscina, campo de futebol e academia de ginástica.
Menor P seria líder de uma quadrilha formada por 200 homens, que movimentava cerca de R$ 2 milhões por semana. Ele também é acusado de ter agredido o jogador de futebol Bernardo, do Vasco, por um envolvimento do atleta com Daiane Rodrigues, que seria a namorada número 1 do traficante.
Depois da prisão, o secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, informou que pedirá à Polícia Federal que encaminhe o preso para uma penitenciária federal, fora do Estado do Rio.
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O Complexo da Maré está sendo alvo de incursões policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais) desde a semana passada. Segundo a nota divulgada pela Secretaria de Segurança, a ocupação do Complexo da Maré pelas forças de segurança “fragiliza os traficantes e permite que a polícia efetue prisões dentro e fora desses territórios”.
A Maré, que será ocupada por homens do Exército, poderá receber blindados e até lanchas da Marinha, que já estão disponíveis para serem usados a qualquer momento. A autorização para o uso dos veículos foi dada pelo ministro da Defesa, Celso Amorim. As lanchas poderão ser usadas para patrulhar a Baía de Guanabara, um dos acessos ao complexo.
Militares do Exército entraram na Maré ontem à tarde, antes mesmo da ocupação oficial pelas forças armadas. Escoltados por agentes do Bope, 15 militares, que estavam desarmados, vasculharam áreas das favelas Nova Holanda e Parque União para tentar localizar armas que teriam sido enterradas por traficantes para evitar que o material fosse apreendido.
Após um trabalho da Polícia Militar pela manhã, que identificou pontos suspeitos, os homens do Exército usaram detectores de metais que, segundo os militares, são capazes de localizar até uma agulha enterrada a 30 cm. No entanto, nenhum armamento foi encontrado.
Ontem, mais uma vez, as escolas municipais não funcionaram e 4 mil alunos, de dez unidades escolares, ficaram sem aulas. (Com Agência Brasil e BandNews)
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