Líderes da greve dos garis dizem ter ajudado paralisação de ônibus no Rio
Dois dos líderes da greve dos garis do Rio de Janeiro, Célio Viana e Bruno Lima, dizem ter participado, na última quarta-feira (7), da assembleia que determinou a paralisação de 24 horas dos rodoviários, na quinta (8). Eles voltaram a se juntar ao movimento dos motoristas e cobradores de ônibus em passeata na tarde desta sexta-feira (9) pelo centro da capital fluminense.
"Estamos apoiando os rodoviários. Viemos passar a experiência da nossa luta e adquirir conhecimento com a categoria deles", afirmou Viana, ao UOL. "É interessante que a classe trabalhadora se organize e se una." Em março, o garis também desafiaram o sindicato da categoria e iniciaram uma paralisação à revelia, conseguindo um reajuste salarial de 37%.
Aos rodoviários reunidos em frente ao prédio do MPT, onde quatro representantes do movimento participam de audiência, Bruno Lima gritou: "nós, garis, somos todos rodoviários". A manifestação de apoio arrancou gritos e aplausos dos grevistas. Ao UOL, ele disse que "a luta dos garis é a luta da classe trabalhadora, que não aguenta mais as políticas impostas pelo governo do Estado e pela prefeitura".
Célio contou que na manifestação de quarta estavam presentes outros 15 garis que participaram da greve, além dele e de Bruno. O líder da greve dos rodoviários no Rio de Janeiro, Hélio Theodoro, não comentou a participação dos garis quanto falou com a imprensa.
Passeata
Cerca de 300 rodoviários saíram em passeata da igreja da Candelária à sede do MPT (Ministério Público do Trabalho), onde haverá reunião com representantes do órgão. Ao fim do encontro, os motoristas decidirão em assembleia se realizarão na próxima semana paralisação similar à de quinta.
O grupo começou o protesto às 16h30 e ocupou duas das três faixas da avenida Rio Branco, no sentido zona sul. O trânsito na região ficou lento. O ato foi acompanhado por dezenas de policiais militares do Batalhão Especial de Polícia de Grandes Eventos.
De acordo com Helio Teodoro, o ato não atrapalhou a circulação dos ônibus, já que, segundo ele, os motoristas presentes na passeata trabalharam no primeiro turno do dia.
Os trabalhadores reivindicam aumento salarial de 40% (e não os 10% acordados entre o sindicato da categoria e as empresas de ônibus), o fim da dupla função e reajuste no valor da cesta básica –de R$ 150 para R$ 400.
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