Topo

Cantareira: nível cai a 4,1%, menor da história e metade do volume de maio

Seca que atinge a represa Jaguarí, em São José dos Campos (SP) faz aparecer carcaças de carros - Nilton Cardin/Estadão Conteúdo - 12.out.2014
Seca que atinge a represa Jaguarí, em São José dos Campos (SP) faz aparecer carcaças de carros Imagem: Nilton Cardin/Estadão Conteúdo - 12.out.2014

Do UOL, em São Paulo

16/10/2014 10h18Atualizada em 16/10/2014 14h59

O nível do sistema Cantareira, que abastece um terço da população da Grande São Paulo (6,5 milhões de pessoas), caiu nesta quinta-feira (16) para 4,1%, o menor nível de sua história.

Esse índice é a metade do nível que estava o sistema quando a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) começou a captar o volume morto --água que fica no fundo das represas e que precisa ser retirada com o uso de bombas.

Em 15 de maio, quando o Cantareira chegou a 8,2% de sua capacidade, a companhia deu início a retirada de 182,5 bilhões de litros de água da reserva técnica, elevando o nível para 26,7%. Cinco meses depois, o nível do Cantareira está 22,6 pontos percentuais menor.

A presidente da Sabesp, Dilma Pena, afirmou ontem (15) que, se não chover, a água dessa cota do volume morto vai acabar em meados de novembro. Ela prestou depoimento pela segunda vez na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Câmara Municipal que investiga queixas de falta de água na capital paulista.

A companhia solicitou aos órgãos gestores do Cantareira, ANA (Agência Nacional de Águas) e DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), para captar uma segunda cota, com 106 bilhões de litros de água. Os órgãos ainda não se manifestaram sobre o pedido.

Segundo o Climatempo, a previsão para os próximos dias para São Paulo é de tempo aberto, com chuva passageira.