Prefeitura de BH prevê trincheira no lugar de viaduto que caiu
A Prefeitura de Belo Horizonte confirmou nesta segunda-feira (26) a previsão de construção de uma trincheira (passagem cercada por paredes que pode ser subterrânea ou não) no lugar de viaduto que caiu, matou duas pessoas e feriu outras 23, durante a Copa do Mundo, em julho do ano passado, na avenida Pedro 1º. Moradores e comerciantes do entorno do local do acidente são contrários à construção de uma nova intervenção viária no local.
Em nota, a administração municipal informou que a BHTrans, empresa que gerencia o tráfego de veículos na cidade, e a Sucecap (Superintendência de Desenvolvimento da Capital) aprovaram o projeto apresentado pela Consol (empresa que cuidou dos cálculos do projeto de construção do elevado).
Ainda conforme a nota, a prefeitura, no entanto, não anunciou uma data para o início da obra, tida como necessária para evitar congestionamento no local.
O informe traz que o município aguarda a conclusão do detalhamento do projeto. A viabilização da obra ainda será discutida com o MPE (Ministério Público Estadual) e com a comunidade, além da Consol e da Cowan, empresa responsável pela construção do viaduto que desabou.
O MP cobra das empresas o ressarcimento de R$ 10 milhões aos cofres públicos e, no caso de a obra ser realizada, o órgão quer que ela seja bancada integralmente pelas empresas envolvidas.
Moradores do entorno afirmam que o local não precisa de uma trincheira ou um novo viaduto.
Segundo advogada que representa a comunidade local, quem mora perto ainda se ressente do estresse durante a construção do viaduto e sua consequente queda que, segundo ela, trouxe inúmeros transtornos para eles.
Relembre o caso
Na tarde do dia 3 de julho de 2014, a alça sul do viaduto Batalha dos Guararapes, uma das intervenções viárias feitas para a mobilidade urbana na Copa do Mundo, desabou e matou uma motorista de um micro-ônibus e o condutor de um carro de passeio. Outras 23 pessoas se feriram.
Após o acidente, o tráfego ficou interrompido no local e só foi liberado totalmente no dia 29 de setembro do ano passado. A alça remanescente precisou ser demolida com uso de explosivos.
Uma investigação segue ainda em curso pela Polícia Civil mineira sobre as causas da queda do viaduto.
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