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Homem que deu cotovelada em jovem em SP é transferido para prisão 'VIP'

Fernanda Santiago, que foi agredida pelo comerciante Anderson de Oliveira em 2014 - Robson Ventura/ Folhapress
Fernanda Santiago, que foi agredida pelo comerciante Anderson de Oliveira em 2014 Imagem: Robson Ventura/ Folhapress

Eduardo Schiavoni

Colaboração para o UOL, em Ribeirão Preto (SP)

01/09/2015 18h13

O comerciante Anderson Lúcio de Oliveira, 36, condenado por agredir a auxiliar de produção Fernanda Regina César, 31, com uma cotovelada em agosto de 2014, em São Roque, foi transferido para a penitenciária Dr. José Augusto Salgado II de Tremembé, também no interior de São Paulo, onde cumprirá pena em regime semiaberto. A unidade é a mesma onde estão detidos Alexandre Nardoni (acusado de matar a filha Isabela em 2008) e Suzane von Richthofen (que assassinou os pais em 2002). A informação foi confirmada pela SAP (Secretaria de Administração Penitenciária).

Antes, Oliveira estava no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Capela do Alto, onde aguardava o julgamento, que ocorreu em 18 de agosto. O pedido da transferência foi feito pelo advogado de defesa Luiz Pires de Moraes Neto. "Por conta dos presos ilustres que nela estão, essa cadeia é mais segura e atende melhor aos interesses do meu cliente", disse.

O advogado conta ainda que, como foi condenado a cinco anos em regime regime semiaberto, o comerciante poderá trabalhar durante o dia na própria penitenciária. "Não sabemos ainda qual vai ser o trabalho dele, mas ele permanecerá de dia trabalhando e à noite dormirá encarcerado na penitenciária."

Fernanda foi agredida em 16 de agosto do ano passado depois de sair de uma casa noturna e discutir com Oliveira. O comerciante, depois de conversar com ela, acabou desferindo uma potente cotovelada no rosto da moça. Ela sofreu traumatismo craniano e chegou a passar quatro dias na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).Em 1º de setembro de 2014, teve alta mas, por conta do golpe, ficou com sequelas permanentes.

Apesar da condenação, ocorrida após dez horas de julgamento, Moraes Neto afirma que a expectativa é que o cliente dele possa deixar o presídio para cumprir o resto da pena em casa até o fim de 2015. Preso há mais de um ano, ele foi condenado a cinco anos no regime semiaberto, dos quais já cumpriu um ano e um mês antes do julgamento.

O advogado entrou com recurso para amenizar a punição. "Ainda queremos diminuir a pena." Já o advogado da Fernanda, Daniel Fernandes Gonçalves, informou que também deve recorrer da decisão. "Queremos que ele responda por tentativa de homicídio."