BH vai ganhar megacatedral de Niemeyer quase um século após idealização
Faz quase um século que o primeiro arcebispo de Belo Horizonte, dom Antônio dos Santos Cabral (1884-1967), idealizou a catedral metropolitana da capital mineira. O ano era 1921. Só agora a edificação começa a ganhar forma e pode ter a inauguração antecipada em quatro anos, passando de 2021 para 2017.
Ela está sendo erguida em um terreno de 24 mil metros quadrados, na avenida Cristiano Machado, no bairro Jaqueline, região norte da capital mineira. Os trabalhos de implantação das fundações e contenções da catedral foram concluídos na semana passada. Já os pilares e paredes da Acolhida Solidária Dom Luciano Mendes de Almeida, espaço no subsolo do templo para formação humana e espiritual, orientação, apoio e acolhimento de pessoas pobres, estão prontos.
De acordo com a Arquidiocese de Belo Horizonte, já foram gastos na edificação 8.000 metros cúbicos de concreto e 600 toneladas de aço. O templo terá capacidade total para receber 20 mil pessoas: 5.000 pessoas na nave principal, com 100 metros de altura, e outras 15 mil pessoas na esplanada do complexo, onde será erguido um altar para missas campais.
Em 1921, quando foi criada a Arquidiocese de Belo Horizonte, o templo foi planejado por dom Cabral para ser erguido no local onde está instalada hoje a praça da Bandeira, confluências das avenidas Afonso Pena e Bandeirantes, no bairro Mangabeiras, na zona sul de Belo Horizonte. Entretanto, devido à expansão da capital mineira no sentido norte do município, quando foi retomado o projeto em 2005, a Arquidiocese optou por construir a catedral na região.

A atual catedral de Belo Horizonte é a Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, no centro da cidade. Como em 1921, só havia três templos na capital mineira --além daquela, as igrejas de São José e Nossa Senhora do Rosário --, dom Cabral escolheu a Boa Viagem como "catedral provisória" até que a Cristo Rei fosse construída.
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