Após morte de jovem, moradores ateiam fogo em ônibus e fecham rua no Rio
Moradores do Complexo do Chapadão, na zona norte do Rio de Janeiro, atearam fogo em três ônibus e fecharam os acessos da estrada Rio do Pau em protesto pela morte de um jovem de 22 anos baleado na manhã desta quarta-feira (14) durante uma operação da Polícia Militar na região.
O jovem, afirma a PM, teria sido encontrado na favela Criança Esperança, distante do ponto em que os policiais estavam. Ele chegou a ser socorrido pelos agentes, mas não resistiu aos ferimentos. O caso está sendo investigado pela DH (Delegacia de Homicídios).
Segundo a PM, agentes do 41° BPM (Irajá) realizam desde terça-feira (13) buscas nas favelas Gogó da Ema, Final Feliz e Parque Esperança para tentar localizar o soldado Neandro Santos de Oliveira, que atuava no 31º Batalhão (Recreio dos Bandeirantes) e está desaparecido desde segunda (12).
Nesta terça-feira, a Polícia Civil encontrou três corpos carbonizados --um na Via Light (rodovia que liga o Rio a Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense) e outros dois no Chapadão. A suspeita é que um dos corpos seja de Oliveira.
Segundo a DH, o soldado foi abordado quando trafegava pela rua Alcobaça, em frente à comunidade Final Feliz. Ele teria sido parado em uma falsa blitz, promovida por criminosos que teriam descoberto que a vítima era policial porque dentro do veículo havia uma escala de serviço da PM. O carro do policial foi encontrado na comunidade Final Feliz, com os documentos manchados de sangue.
Em nota, o Rio Ônibus informou que “repudia os ataques criminosos que colocaram em risco a vida de passageiros e rodoviários” dos três veículos da linha 773 (Pavuna x Cascadura) incendiados. Segundo o sindicato, 16 ônibus já foram queimados e destruídos na capital em 2015.
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