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Passageiras e motorista de Uber são agredidos em Belo Horizonte

Três taxistas agrediram um motorista de Uber e suas passageiras. Eles quebraram o vidro do carro com estilingue - Arquivo pessoal
Três taxistas agrediram um motorista de Uber e suas passageiras. Eles quebraram o vidro do carro com estilingue Imagem: Arquivo pessoal

Carlos Eduardo Cherem

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte

30/01/2016 22h43

As estudantes Beatriz de Vilhena Parreira, 23, e Bruna Freitas, 22, viveram momentos de susto e medo na madrugada deste sábado (30) quando elas deixavam uma boate na Vila da Serra, área nobre da região metropolitana, na divisa entre Belo Horizonte e Nova Lima. 

Elas saíram da casa noturna utilizando um carro do aplicativo Uber, quando três taxistas iniciaram uma série de xingamentos, ofensas e agressões ao motorista. As estudantes ainda tentaram conversar e argumentar com os taxistas. Eles, porém, elevaram o tom, após isso, e começaram a agredi-las também.

Pouco depois, quando o carro do Uber deixava o local, um deles sacou um estilingue e atirou uma pedra contra o vidro dianteiro do veículo. O vidro ficou estilhaçado e o motorista, que foi identificado somente como Eglei pelas estudantes, foi ferido no braço.

“Posso até chamar um táxi por meio de um aplicativo, se não tiver jeito. Mas na rua, não pego nunca mais”, afirmou Beatriz Parreira.“Vou continuar usando o Uber”, disse.

“A pedra poderia ter atingido qualquer um de nós. Fomos agredidas verbalmente pelos taxistas com ofensas e termos baixos. Tentamos conversar e foi aí que a coisa piorou”.

Xingamento

“Fizemos uma chamada pelo aplicativo, quando deixávamos a boate. Saímos e o veículo estava na porta nos esperando. Quando entramos, surgiram os três taxistas agredindo o motorista. Quando fomos conversar, eles começaram a xingar mais, com ofensas e agressões verbais também contra nós”, afirmou a estudante.

“Aí, um deles atirou a pedra com o estilingue. Ficamos com medo. Experimentamos uma situação bem complicada”.

A estudante explicou que, mesmo ferido no braço, o motorista do Uber deixou o local. No caminho até a casa das estudantes, eles encontraram uma viatura da PM (Polícia Militar) de Minas Gerais, fizeram um BO (Boletim de Ocorrência) e relataram as agressões dos taxistas. A estudante disse ainda que os militares foram até a porta da boate. Os taxistas, porém, tinham deixado o local.