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Briga entre facções deixa 10 presos mortos em penitenciária em Boa Vista, diz polícia

Aliny Gama

Colaboração para o UOL, em Maceió

17/10/2016 01h04Atualizada em 18/10/2016 10h01

Uma briga entre lideranças de facções criminosas dentro da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Boa Vista, deixou pelo menos 10 presos mortos, neste domingo (16), segundo informou a Polícia Militar de Roraima. O Sindicato dos Agentes Penitenciários de Roraima afirmou que pelo menos seis presos foram decapitados e queimados.

Inicialmente, a polícia falou em 25 mortos. Na manhã de segunda-feira (17), a Sejus (Secretaria de Justiça e Cidadania de Roraima) corrigiu os números de presos assassinados para dez.

Seis presos ficaram feridos e foram levados para o Hospital Geral de Roraima. Eles não correm risco de morte. A Sejus informou, porém, que o número de presos mortos pode aumentar. A direção da penitenciária está fazendo a recontagem dos presos com uma revista nas celas para precisar o número exato de vítimas.

Ainda existem alas que a polícia e os agentes penitenciários não conseguiram entrar porque os chefes de pavilhão não permitiram.

A rebelião começou na tarde deste domingo, por volta das 15h (17h, no horário de Brasília). Presos do Primeiro Comando da Capital que estavam na ala 14 quebraram os cadeados e invadiram a ala 12, onde estavam integrantes do Comando Vermelho, e iniciaram os confrontos com pedaços de pau e vergalhões.

A briga ocorreu durante o horário de visitas e cerca de cem familiares de internos foram feitos reféns até por volta das 23h (horário local) quando foram liberados após a entrada do Bope (Batalhão de Operações Especiais) nos pavilhões.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado, Lindomar Sobrinho, não há "efetivo e nem equipamentos suficientes para garantir a integridade física dos usuários da unidade prisional”.

Segundo Sobrinho, são entre sete e nove agentes por plantão que trabalham na penitenciária Monte Cristo. O presídio é a maior unidade prisional do Estado e tem 740 vagas, mas atualmente está superlotado, com 1.400 presos.