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Mulher é achada morta em vala após sair sozinha em MT; caso intriga família

Marta Sengi, de 36 anos, foi encontrada morta em Sinop (MT) - Arquivo Pessoal
Marta Sengi, de 36 anos, foi encontrada morta em Sinop (MT) Imagem: Arquivo Pessoal

Abinoan Santiago

Colaboração para o UOL

19/05/2021 15h52

A dona de casa Marta Alves dos Santos Sangi, de 36 anos, foi encontrada morta hoje em uma vala da Avenida dos Pinheiros, em Sinop, a 503 km de Cuiabá. A família diz que ela estava desaparecida desde a noite anterior, porém não tinha o hábito de sair sozinha na rua.

A Polícia Militar (PM) de Mato Grosso encontrou Marta de bruços e com o rosto na água. Não foram encontradas marcas aparentes de violência física no corpo da vítima. Ela deixa um filho de 19 anos.

Ao UOL, a família contou que Marta mora em Cláudia, a 91 km de Sinop. Ela se deslocou para a cidade vizinha na noite de ontem com o marido e ambos pretendiam passar a noite na casa de um filho dele de outro casamento. O casal estava junto há pouco mais de um ano.

Marta acompanhava o marido em um serviço na carroceria de um caminhão. Ele teria relatado que a esposa saiu da casa por volta das 20h enquanto estava em outro cômodo e não retornou mais. Após a mulher não voltar, registrou um boletim de ocorrências durante a madrugada.

De acordo com a família, as informações que possuem sobre a morte "não batem" ou parecem contraditórias. A irmã da vítima, a autônoma Márcia Sengi, contou que conversou com Marta na noite de ontem por telefone e não percebeu nenhuma anormalidade no comportamento.

"Ela ligou e até riu muito porque vivia fazendo brincadeiras. Era uma pessoa que vivia sorrindo. Meu sobrinho mandou mensagem paro meu marido perguntando se a Marta estava com a gente e dissemos que não. Nisso, o marido dela ligou para o enteado dizendo que ambos estavam na casa e ela saiu. Sumiu do nada e sem explicação", comentou.

Os parentes de Marta dizem que a vítima não tinha o hábito de sair sozinha a noite e que não conhecia Sinop, o que causa estranheza ter deixado a casa sem informar o paradeiro. Ela também não possuía problemas financeiros, psicológicos ou emocionais.

"Ela era um tipo de pessoa que jamais sairia sozinha a noite, ainda mais em Sinop, tanto que quando estava na casa dela, em Cláudia, sempre ligava para a gente ir lá verificar algo de estranho. Jamais iria sair a noite em uma cidade que nem conhece e andar tão longe", afirmou Márcia Sengi.

O caso é tratado como homicídio pela Polícia Civil, de acordo com a família. O UOL tentou contato com a corporação, mas ainda não obteve retorno.

O velório e enterro de Marta ocorrerão na cidade Cláudia.