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Vencedora do Nobel da Paz defende criminalização da homossexualidade na Libéria

Sirleaf é a 1ª mulher a comandar um país africano - AP
Sirleaf é a 1ª mulher a comandar um país africano Imagem: AP

Do UOL, em São Paulo

19/03/2012 13h14

A vencedora do prêmio Nobel da Paz e presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, defendeu uma lei que criminaliza atos homossexuais em seu país, durante uma entrevista ao jornal britânico “Guardian”.

Ao lado do ex-premiê britânico Tony Blair, que ficou visivelmente constrangido com as opiniões de Sirleaf, ela defendeu os “valores de seu país”.

“Gostamos de nós mesmos do jeitinho que somos. Temos certos valores tradicionais em nossa sociedade que gostaríamos de preservar”, afirmou.

Na Libéria, a “sodomia voluntária” crime passível de um ano de prisão. No entanto, há dois projetos de lei que pretender endurecer as leis em relação a atos homossexuais.

Ninguém foi condenado do país sob a lei da sodomia, mas ativistas anti-homossexuais fazem pressão para que os projetos de lei passem no Congresso do país.

Um dos projetos considera criminoso quem “seduzir, encorajar ou promover atos sexuais entre pessoas do mesmo sexo” ou “praticar atos que levem outra pessoa do mesmo sexo a ter relações sexuais”. A pena pode ser de até cinco anos de prisão.

Já o outro projeto considera crime passível de 10 anos de cadeia o casamento homossexual.

Tony Blair se recusou a dar sua opinião sobre os projetos de lei ou sobre a atitude da presidente Sirleaf. Ele está na Libéria como fundador de uma ONG, a Africa Governance Initiative, que visa fortalecer os governos africanos.