Com Padilha, Lula mantém bilhões do Ministério da Saúde longe do centrão
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Com a indicação de Alexandre Padilha, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém o Ministério da Saúde e seu orçamento bilionário longe dos partidos do centrão e dentro do mesmo grupo do PT.
Padilha era um dos padrinhos da agora ex-ministra, Nísia Trindade, que foi demitida hoje por Lula. Foi ele quem trouxe o nome da então presidente da Fiocruz, junto com a primeira-dama Janja da Silva.
Chegava-se a se dizer em Brasília que Nísia era uma espécie de "reserva técnica" de Padilha caso a situação dele ficasse insustentável no Ministério das Relações Institucionais.
Só que isso, claro, que não se sustentaria se ela estivesse fazendo um excelente trabalho na Saúde.
Não era o caso.
Uma das poucas mulheres na Esplanada, Nísia era defendida com unhas e dentes por Janja, mas suas entregas deixavam a desejar. Até mesmo dentro do PT o que se ouvia é que ela nunca deveria ter sido nomeada.
Com a volta da obrigação da aplicação dos mínimos constitucionais para educação e saúde na PEC da Transição antes do início do governo, o orçamento da Saúde em três anos saltou de R$ 154 bilhões para R$ 242 bilhões.
A expectativa é que o ministério gerasse bandeiras importantes para o governo, com incrementos reais na vida da população. E fizesse um contraponto à gestão de Jair Bolsonaro, considerada por Lula como muito ruim nessa área.
A entrada de Padilha na Saúde resgata essa esperança.
Gestores de saúde ouvidos pela coluna acreditam que, até por já ter comandado o ministério, Padilha vai conseguir transformar a entrega de leitos, hospitais, as campanhas de vacinação etc. em eventos políticos importantes para o presidente e para a base aliada.
Neste momento, o governo precisa muito dessas agendas para elevar sua popularidade, que está em baixa.
O risco, apontam as fontes, é que Padilha mantenha essas agendas restritas ao PT ou ainda ao seu grupo político dentro do partido.
Se o ministro não dividir os recursos e os holofotes com as demais forças políticas, vai causar ciumeira e fragmentar ainda mais os já frágeis apoios do governo.
13 comentários
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Marcos Eduardo de Almeida Sonim
Colocaram a raposa pra tomar conta do galinheiro. Agora vai.
Walter Onesimo Freire
Como se há segurança com o PT. É só lembrar do passado…
Usitecnica
Equipe do lula só carne nobre, Haddad, Marina Silva, Anielle, Dilma etc com este cara não se brinca só pegou o File mignon, a casta da elite kkkkk como vai dar certo, parece aquele seriado os trapalhões.