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Em carta, garoto diz a Romney que ''seu plano para a América não é o que nós precisamos''

O garoto Jason Ripley, com a irmã Kennedy. Em carta a Mitt Romney, ele criticou os planos do republicano para a saúde nos EUA - Reprodução
O garoto Jason Ripley, com a irmã Kennedy. Em carta a Mitt Romney, ele criticou os planos do republicano para a saúde nos EUA Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

20/09/2012 11h38

Um garoto de 12 anos escreveu uma carta endereçada ao candidato à presidência dos EUA, Mitt Romney, criticando a posição do republicano em temas como saúde e casamento gay. A carta foi enviada na semana passada.

“Querido governador Romney, gostaria de parabenizá-lo pela sua vitória na nomeação republicana. Mas eu gostaria que você tivesse ficado em Massachusetts [como governador]. Seu plano para a América não é o que nós precisamos, e vai nos ferir muito mais do que nos ajudar”, escreveu Jackson Ripley, em trecho divulgado pelo “Huffington Post”.

O garoto não parou por aí: “Seus planos domésticos (controle de natalidade, direitos dos gays, etc) são horríveis! As mulheres deveriam cuidar da própria saúde, e se você se pergunta porque não está indo bem com o eleitorado feminino, repense no seu plano sobre o controle de natalidade e nos direitos das mulheres. E as pessoas devem poder se casar com quem elas quiserem”.

Quando decidiu escrever a carta, Ripley estava assistindo a um discurso de Romney no noticiário, com a mãe. 

A crítica a Romney é reflexo da experiência pessoal do garoto. Sua irmã Kennedy, 4, foi diagnosticada com hemangioma, um tumor benigno, desde que nasceu, e precisa de tratamento e remédios mensalmente.

A família possuía um plano de saúde pelo trabalho do pai de Ripley, John, mas ficaram sem assistência quando ele foi demitido em 2009, devido à crise financeira. John arrumou um novo emprego, sem assistência de saúde, o que obrigou a família a recorrer a um plano de saúde pago. Devido aos problemas de Kennedy, o preço superou o que eles podiam pagar. Foi apenas com a reformulação do programa de saúde do governo, o Obamacare, que a família teve condições de dar continuidade ao tratamento de Kennedy.

Ao “Huffington Post”, Ripley declarou que sua principal motivação para escrever a carta foi “a frustração”. “O que ele faria [caso seja eleito] é injusto, e eu queria dizer algo sobre isso”, disse ele.

Ripley termina a carta dizendo que Romney não deve se deixar levar por questões religiosas para guiar sua política.

“Construímos esse país para que as pessoas tivessem liberdade, e não deixassem crenças religiosas as controlarem. Esse país não foi construído em cima de nenhuma religião, então não deveríamos criar leis para reprimir as pessoas e suas religiões”.