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Futuro papa deve ser escolhido pelo perfil e conhecimento, diz arcebispo de Brasília

Renata Giraldi

Da Agência Brasil, em Brasília

01/03/2013 11h05Atualizada em 01/03/2013 11h06

O sucessor de Bento 16 deve ser escolhido por seu perfil, conhecimento e habilidade, e não pelo país que representa, segundo o arcebispo metropolitano de Brasília, dom Sergio da Rocha, 53.

Para ele, a discussão sobre a origem do futuro papa não deve ficar em primeiro plano, pois causaria uma série de dificuldades. O conclave que elegerá o papa ainda não tem data para começar. No total, 115 cardeais estão aptos a votar.
 
“É claro que ficamos felizes [com a possibilidade de brasileiros serem cotados como sucessores]”, disse o arcebispo, após celebrar a missa de Ação de Graças a Bento 16. “Estamos em comunhão com o sucessor do papa, mas condicionar a escolha à origem do escolhido pode criar dificuldades. O Ministério Petrino [o pontificado] tem um valor que vai além [disso]”, ressaltou.
 
Dom Sergio da Rocha destacou ainda que a “figura do papa” transcende a “figura humana”. “O papa ocupa o lugar do apóstolo Pedro [que, para os católicos, foi o primeiro papa, escolhido por Jesus Cristo]. Isso deve ser valorizado ainda mais na escolha [do sucessor]”, disse o arcebispo.
 
Ontem (28) a Arquidiocese de Brasília orientou todas as igrejas da cidade para a celebração de missas de Ação de Graças a Bento 16. Na Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, dom Sergio destacou que Bento 16 deixou a marca do amor e da caridade. Segundo ele, a decisão da renúncia deve ser recebida por todos com serenidade, fé e oração.
 
O arcebispo de Brasília encaminhou um documento às igrejas da cidade para que incentivem as orações durante o período que começou a partir das 20h de ontem, chamado de Sé Vacante (período referente à ausência do papa).
 
Assim que o conclave for finalizado, com a escolha do sucessor de Bento 16, as igrejas de Brasília deverão homenagear o próximo papa tocando seu sinos.