Simpatizantes da Irmandade Muçulmana tocam fogo em universidade no Cairo, diz TV
Simpatizantes da Irmandade Muçulmanda, organização islamita declarada terrorista pelo governo do Egito, atearam fogo em prédios de uma universidade no Cairo, de acordo com a TV estatal egípcia.
Estudantes entraram em confronto com a polícia na Universidade Al-Azhar, incendiando dois prédios, nas faculdades de negócios e de arquitetura, em uma tentativa de impedir que outros alunos prestassem exames.
Um estudante disse que um apoiador da Irmandade foi morto, apesar de as forças de segurança negarem essa informação.
O jornal estatal "Al-Ahram" disse que os confrontos começaram quando as forças de segurança jogaram bombas de gás para dispersar estudantes pró-Irmandade que estavam bloqueando a entrada de colegas nos prédios da universidade. Manifestantes jogaram pedras contra a polícia e colocaram fogo em pneus para conter o gás lacrimogêneo.
A emissora de TV estatal transmitiu imagens de uma fumaça preta saindo de um dos edifícios e disse que "estudantes terroristas" teriam colocado fogo no local.
Al-Azhar, um respeitado centro de estudos islâmicos sunitas, tem sido há alguns meses cenário de protestos contra o que a Irmandade chama de "golpe militar" que depôs o islamita Mohamed Mursi como presidente depois de um ano no cargo.
Na sexta-feira (27), três pessoas morreram em confrontos entre a polícia e militantes da Irmandade no país.
Autoridades do Egito têm perseguido o grupo desde julho, quando o presidente Mohammed Morsi, que pertence à Irmandade, foi deposto em um golpe do Exército,.
Na última quarta-feira, o grupo foi declarado uma organização terrorista, em reação a um atentado a bomba contra um quartel da polícia no Delta do Nilo. O governo acusou a Irmandade pelo ataque, mas o grupo negou seu envolvimento.
Desde setembro, quando o grupo foi banido pela Justiça egípcia, milhares de membros da Irmandade foram presos e julgados.
O secretário de Estado americano, John Kerry, telefonou para seu equivalente no governo egípcio para manifestar preocupação com a onda de detenções e pedir um "processo político inclusivo", segundo o porta-voz Jen Psaki. (Com BBC e agências internacionais)
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