Rússia anuncia reajuste em mais de 40% em gás fornecido à Ucrânia
A gigante russa produtora de gás natural Gazprom anunciou nesta terça-feira (1º) um aumento de mais de 40% no preço pago pela Ucrânia pelo gás, intensificando a pressão econômica de Moscou sobre Kiev em seu impasse político.
Além do aumento para a Ucrânia, a Gazprom também aumentará em 10% o preço do gás vendido à Europa que passa pela Ucrânia. O país em crise é o principal corredor do gás russo em direção à Europa ocidental
O valor pago pela Ucrânia supera em quase a metade o estabelecido em um acordo anterior, feito em dezembro, antes da destituição do presidente Yanukovych, apoiado por Vladimir Putin, e da anexação da Crimeia pela Rússia.
O preço passou de US$ 268,5 (cerca de R$ 600) por mil metros cúbicos de gás, para US$ 385,5 (R$ 870), afirmou Alexei Miller, presidente-executivo da Gazprom. Miller disse que o aumento foi necessário porque a dívida da Ucrânia para pagar contas de gás agora ficou em US$ 1,7 bilhão.
"O desconto deixará de ser aplicado", disse Miller em comunicado, devido “à incapacidade do lado ucraniano de pagar dívidas a partir de 2013, e de realizar o pagamento total para as entregas em curso".
O executivo também disse que a Gazprom irá, a partir do segundo trimestre de 2014, cobrar 10 por cento a mais para o trânsito de gás russo para a Europa através da Ucrânia.
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Atualmente, um terço das necessidades de gás da Europa vem da Rússia e, apesar dos investimentos para a diversificação das fontes energéticas, há pouca chance de isso acontecer em curto prazo.
Pressão financeira
A Rússia tem repetidamente usado o gás como forma de pressão em conflitos com a Ucrânia, que permanece dependente das importações de seu antigo ‘colonizador’ soviético, rico em recursos para manter o país funcionando.
Entenda a importância da Crimeia
Funcionários da UE (União Europeia) observam preocupados os conflitos envolvendo o gás russo, depois que uma disputa no início de 2009 deixou grande parte da Europa central sem gás em um inverno rigoroso.
As tensões entre Moscou e Kiev vieram à tona depois de o governo pró-ocidente chegar ao poder seguindo a deposição do antigo presidente Viktor Yanukovych, apoiado pela Rússia de Vladimir Putin, que, em resposta, anexou a península da Criméia.
O aumento do preço do gás, Gazprom - embora amplamente esperado - é um novo golpe para a economia da Ucrânia, que precisa de um resgate internacional para afastar o risco de inadimplência. (Com agências internacionais)
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