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Ivanka terá cargo na Casa Branca e será assistente pessoal de Donald Trump

Timothy A. Clary/AFP
Imagem: Timothy A. Clary/AFP

Do UOL, em São Paulo

29/03/2017 18h27

Ivanka Trump, a filha do presidente dos EUA, Donald Trump, será uma funcionária oficial do governo e terá o mesmo cargo de seu marido, Jared Kushner, como conselheira não-remunerada de seu pai na Casa Branca.

A filha mais velha de Trump já tem um escritório na Ala Oeste e disse na semana passada que seria uma conselheira informal de seu pai. O plano provocou críticas de especialistas em ética e nepotismo, que disseram que isso permitiria que ela evitasse algumas regras.

"Ouvi as preocupações que alguns têm com o meu aconselhamento ao presidente, em minha capacidade pessoal, enquanto voluntariamente cumpro com todas as regras de ética. Vou servir como um funcionário não-remunerado no Escritório da Casa Branca, sujeita às mesmas regras de outros funcionários federais", disse Ivanka em nota nesta quarta-feira (29). 

Apesar de ter a mesma função de seu marido, Ivanka terá um título diferente. Enquanto Kushner é um "conselheiro sênior", Ivanka será "assistente especial do presidente".

"Estamos satisfeitos por Ivanka Trump ter escolhido dar esse passo em seu papel sem precedentes como Primeira-Filha e em apoio ao presidente", disse uma porta-voz do presidente em um e-mail. "O serviço da Ivanka como funcionária não-remunerada promove o nosso compromisso com a ética, a transparência e a conformidade, proporcionando a ela maior oportunidade de liderar iniciativas que geram benefícios reais para o público americano que não estariam disponíveis anteriormente."

O advogado de Ivanka, Jamie S. Gorelick, disse que sua decisão foi tomada seguindo seu "compromisso com o cumprimento dos padrões de ética federal e sua abertura a pontos de vista opostos". "Ela irá arquivar os formulários de divulgação financeira exigidos dos funcionários federais e estar vinculado às mesmas regras de ética que ela tinha planejado cumprir voluntariamente", afirmou.

Ivanka é a única herdeira de Trump que seguiu o republicano em Washington, além de ser presença constante na Casa Branca, acompanhando o pai inclusive em reuniões com líderes internacionais, como os encontros com o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel. Já a primeira-dama Melania Trump permaneceu em Nova York e tem se mantido longe dos holofotes.

No mês passado, o mandatário dos EUA foi criticado por ter usado o perfil oficial da Casa Branca no Twitter para atacar a rede varejista Nordstrom, que havia removido de suas lojas uma linha de roupas assinada por Ivanka. Além disso, uma das principais assessoras de Trump, Kellyanne Conway, pediu para os cidadãos do país comprarem as peças criadas pela filha do republicano.  (Com agências internacionais)