STF nega pedido para que CPI do Cachoeira deixe de dispensar testemunhas que optem pelo silêncio
O STF (Supremo Tribunal Federal) negou o mandado de segurança impetrado pelos deputados Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e Rubens Bueno (PPS-PR) contra procedimento adotado na CPI do Cachoeira de dispensar depoentes assim que eles manifestem a disposição de ficar em silêncio.
Esse procedimento foi adotado pela presidência da comissão e referendado em votação no plenário da CPI em julho. Os deputados alegaram no pedido que o procedimento confrontava-se com o pleno exercício das prerrogativas do mandato parlamentar.
Na decisão, a ministra Rosa Weber negou-se a interferir no funcionamento da comissão, alegando independência entre os Poderes. Segundo ela, os parlamentares tentaram reverter uma “decisão soberanamente tomada em votação majoritária do colegiado”. Ela não aceitou a tese de que há violação dos direitos dos parlamentares.
Hoje, a CPI definiu os próximos quatros depoimentos a serem realizados na próxima semana. Por despacho do presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), foi convocado Hillner Braga Ananias, ex-segurança do senador cassado Demóstenes Torres.
Além dele, serão ouvidos o policial aposentado Aredes Correia Pires, o ex-presidente do Departamento de Trânsito (Detran) de Goiás, Edivaldo Cardoso de Paula, e a empresária Rosely Pantoja. A reunião está marcada para a próxima quarta-feira (15), a partir das 10h15. A comissão também marcou uma sessão deliberativa para a próxima terça-feira (14).
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