Eleição presidencial de 2018 pode ter "duelo de galãs" ou "replay de 2006"
Como o ano que está terminando, 2018 é época de Copa do Mundo e de eleições presidenciais de novo. O torneio mundial está previsto para a Rússia, enquanto para a corrida pelo Planalto só há uma certeza: a presidente Dilma Rousseff está, por lei, fora da disputa.
O UOL convocou seus blogueiros de política para especular sobre o cenário daqui a quatro anos. Fernando Rodrigues, Josias de Souza e Mário Magalhães responderam a questões sobre uma possível volta de Lula, as opções que o PT vislumbra, a disputa entre Aécio Neves e Geraldo Alckmin pela indicação tucana e a provável terceira corrida presidencial de Marina Silva.
Será que teremos um "replay de 2006", com Lula encarando Geraldo Alckmin? Ou será que haverá um "duelo de galãs", com o petista Fernando Haddad enfrentando o tucano Aécio Neves?
Os blogueiros do UOL ainda falaram sobre a eterna pretensão de José Serra, agora senador, de chegar ao Palácio do Planalto. "Nos próximos quatro anos será travada uma batalha surda entre Geraldo Alckmin e Aécio Neves pela nomeação como o candidato tucano. Será um confronto intenso. Se não houver consenso no PSDB, Serra pode emplacar como candidato", analisa Mário Magalhães.
Já Fernando Rodrigues vê com pessimismo a reedição de disputas presidenciais de 2002 e 2006. "Lula voltar a enfrentar Serra ou Alckmin são duas possibilidades reais. Mas, sinceramente, depois de tudo o que aconteceu no país, com as pessoas pedindo por mudanças, se os partidos oferecerem os mesmos nomes de sempre, é a falência da política", afirma o comentarista.
Os três analistas apontam que Lula é a opção mais forte para 2018 do PT, partido que não conseguiu firmar opções eleitorais até agora. "Não acredito que nomes de Aloizio Mercadante e Jaques Wagner se viabilizem", opina Josias de Souza. "O pior cenário para os tucanos é enfrentar Lula", diz Mário Magalhães.
Os blogueiros do UOL não acreditam também que o nome do atual prefeito paulistano, Fernando Haddad, vai se firmar como presidenciável. "Mercadante está em vantagem em relação a Haddad", afirma Josias de Souza. "Acho pouco viável. Ele primeiro tem que fazer uma boa gestão, se reeleger e ainda sair no meio de seu segundo mandato. Hoje, eu descarto as chances dele", analisa Mário Magalhães.
Sobre Marina Silva, eles acreditam em uma terceira tentativa da ex-senadora, mas ela só teria chance se fizer uma campanha "mais profissional" e "com mais estrutura".
"Ao propor a nova política, Marina afasta os políticos e os partidos tradicionais. Ela acaba se auto-excluindo", diz Josias de Souza. "Ela desponta bem nas corridas, mas vai definhando porque falta infantaria para a campanha chegar na rua", completa.
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