"O fato de ser mulher teve influência na abertura do meu processo de impeachment." A declaração é da presidente Dilma Rousseff na véspera da votação no Senado Federal que pode afastá-la temporariamente do cargo. Dilma discursou em Brasília, na tarde desta terça-feira (10), na abertura da 4ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres - último evento público confirmado, até as 17h, pelo Palácio Planalto antes da possível instauração do processo de deposição constitucional no Senado.
"A história ainda vai dizer o quanto de violência contra a mulher, o quanto de preconceito contra a mulher tem nesse processo de impeachment golpista", disse a presidente a respeito de suposto preconceito.
Com uma agenda repleta de eventos públicos nos últimos dias, a presidente repetiu o discurso de que o processo de impeachment é um "golpe", liderado por "traidores" e "usurpadores", e citou os nomes do vice-presidente Michel Temer e do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
recentemente afastado da presidência da Câmara pelo STF. "Temos que dar os nomes aos bois. Esse é um processo conduzido pelo ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, em aliança com o vice-presidente da República".
Da mesma maneira que ocorreu nos anteriores, o evento teve momentos de palanque contra o impeachment, com gritos da plateia de "não vai ter golpe", "olé, olé, olé, olá, Dilma" e "fica, querida".
"Nós sabemos que um dos componentes desse processo tem como base o fato de eu ser a 1ª presidenta eleita pelo voto popular do Brasil. A história vai mostrar como o fato de eu ser mulher me tornou mais resiliente, mais lutadora", disse Dilma.
Defesa
A presidente voltou a afirmar que não há crime de responsabilidade na assinatura dos decretos de créditos suplementares, que também foram assinados pelos seus antecessores Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso. Dilma declarou que se sente injustiçada pelo processo de impeachment. "Eu não estou cansada de lutar. Estou cansada é dos desleais e dos traidores e tenho certeza que o Brasil também está".
"Asseguro a vocês que eu vou lutar com todas as minhas forças usando todos os meios disponíveis, meios legais. Queriam que eu renunciasse. A renúncia jamais passou pela minha cabeça. Asseguro a vocês que eu vou lutar com todas as minhas forças usando todos os meios disponíveis e meios legais. O último dia previsto do meu mandato é 31 de dezembro de 2018", afirmou a presidente.
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