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GO: Mulher é presa por fala racista, e marido vê perseguição por ser bonita

Uma psicóloga foi presa em Goiânia, no sábado (2), após chamar um técnico de futebol infantil de macaco. Em sua defesa na delegacia, o marido dela afirmou que a esposa sofria perseguição por ser bonita e bem-sucedida.

O que aconteceu

Laryssa Brasil Bassanesi proferiu a ofensa enquanto acompanhava uma partida do filho em um campeonato na região. "Os denunciantes disseram que ela proferiu ofensas contra o técnico adversário, chamando ele de macaco várias vezes para várias testemunhas", disse ao UOL o delegado Humberto Teófilo.

A PM-GO foi acionada, mas a mulher já havia ido embora quando os agentes chegaram. Ela foi presa pouco depois na casa dela, no bairro Setor Marista, na capital.

"Ela falou que foi mal interpretada, disse que estava muito nervosa", afirmou o delegado. "O marido disse que, como ela é bonita, ela estava sendo vítima de perseguição por inveja porque eles são bem-sucedidos", acrescentou.

A psicóloga foi solta após audiência de custódia.

Em um vídeo gravado por testemunhas, Laryssa confirma que falou "macaco", mas nega a intenção racista. "Estavam três meninos do time deles, e eles, técnicos, ficam gesticulando. Eu falei assim: 'Olha lá, eles ficam parecendo macaco'. Aí, ele está achando que eu falei contra a pessoa dele, contra a pele. Eu já pedi desculpas", se defendeu.

O UOL tenta contato com a defesa da psicóloga. O espaço segue aberto para manifestação. À TV Anhanguera, o advogado Carlos Márcio Rissi Macedo, que representa Laryssa, reforçou a justificativa da cliente sobre ela ter sido mal interpretada.

Procurada pela reportagem, a defesa do técnico disse que ele está abalado. Os advogados também informaram que "todas as medidas legais cabíveis estão sendo tomadas, tanto na esfera cível quanto na criminal".

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