Topo

Erundina diz que mobilizará Câmara por "diretas já" se for eleita

A deputada Luiza Erundina (PSOL-SP) - Nilson Bastian/Câmara dos Deputados
A deputada Luiza Erundina (PSOL-SP) Imagem: Nilson Bastian/Câmara dos Deputados

Nathan Lopes

Do UOL, em Brasília*

02/02/2017 13h45Atualizada em 02/02/2017 14h20

A deputada Luiza Erundina (PSOL-SP), única mulher candidata à presidência da Câmara dos Deputados, prometeu “mobilizar a Câmara na luta pelas diretas já”. “Assumindo a presidência da Casa estaremos a serviço do povo brasileiro, da democracia. Do povo sofrido que está sendo vítima de um governo golpista que está comprometendo o futuro da nação pelos próximos 20 anos”, afirmou, referindo-se ao governo Michel Temer.

Com o apoio declarado apenas dos seis deputados da bancada do PSOL, Erundina afirmou que sua candidatura surgiu como protesto contra alianças feitas para eleição do presidente da Câmara. "Antes do lançamento da nossa candidatura, o PSOL procurou outros partidos, na tentativa de construir uma candidatura do campo progressista", declarou.

O PSOL foi procurado pelo deputado André Figueiredo (PDT-CE), único candidato da oposição, para formar uma aliança em torno do seu nome, assim como fez o PT. Erundina, porém, afirmou que o partido tentou dialogar com os demais partidos de oposição, mas que as legendas estavam mais interessadas em fechar um bloco para garantir um lugar na Mesa Diretora e não para atuar em conjunto, após a eleição, em uma frente contra as reformas propostas por Temer.

Em 2016, Erundina interrompeu a campanha à Prefeitura de São Paulo para entrar na disputa contra Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Rogério Rosso (PSD-DF).  A deputada teve apenas 22 votos, mas ajudou a disputa a ter um segundo turno.

Entre os pontos defendidos por Erundina como plataforma eleitoral, estão a votação de uma reforma política e a valorização do papel ético-político da Câmara dos Deputados. Erundina também disse que pretende enfatizar a função fiscalizadora da Câmara e torná-la uma "usina de políticas públicas".

Ex-prefeita de Sao Paulo eleita pelo PT,  Erundina deixou o partido em 1999, quando migrou para o PSB. Ela esta no quinto mandato consecutivo na Câmara. No ano passado, ela deixou o PSB e foi para o PSOL, após o partido apoiar o impeachment de Dilma Rousseff.

*Colaborou Paula Bianchi