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Candidatos prometem negociar dívida da Unimed Paulistana

28/05/2007 09h35

São Paulo - Os candidatos que concorrem à presidência da Unimed Paulistana nas eleições de amanhã têm na pauta dois grandes desafios: gerenciar uma dívida de R$ 460 milhões em tributos não pagos pela operadora, principalmente Imposto sobre Serviços (ISS), e resgatar a abalada credibilidade da cooperativa. Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo ontem, denúncias de contratos lesivos à empresa e favorecimentos pessoais estão no Ministério Público e um inquérito policial foi aberto para apurar as responsabilidades.

A Unimed Paulistana tem 1,108 milhão de associados. Há um ano, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) observa a situação econômica da cooperativa, que deve entregar hoje um plano de recuperação financeira a pedido da agência.

A atual diretoria não reconhece a dívida, entendendo que a cobrança do imposto é uma bitributação. Alfredo de Almeida Cardoso, diretor da ANS, afirma que o caso da Unimed Paulistana não é exceção, pois "grande parte do sistema cooperado brasileiro questiona a cobrança de ISS". "Eles (médicos cooperados) pagam o ISS nos consultórios e não concordam em pagar também como donos da cooperativa", diz. A questão ainda é analisada pelo setor jurídico da Unimed Paulistana.

Os candidatos das chapas que concorrem à diretoria - Gestão com Resultados e Unimed Paulistana Para Todos - assumem a existência da dívida e pretendem negociá-la. O cardiologista Caio Fábio Câmara Figliuolo, da Gestão com Resultados, afirma que quer discutir o pagamento com a Prefeitura. Mário Santoro Júnior, candidato da Unimed Paulistana Para Todos, também defende a negociação, desde que não comprometa o orçamento da cooperativa.

AE