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Quantidade de calorias é o que importa para emagrecer, não o nome da dieta

Luciana Alvarez

Do UOL, em São Paulo

15/08/2012 07h00Atualizada em 24/04/2015 13h18

Praticamente a cada mês surge uma nova dieta, com um novo nome, aprovada por alguma celebridade, apoiada por teorias de algum médico. E como não faltam pessoas que já tentaram sem sucesso emagrecer e se manter com peso baixo, não falta gente para tentar novos métodos.

Apenas no Brasil, há 17 milhões de obesos (com Índice de Massa Corporal - IMC superior a 30) e cerca de 65 milhões com sobrepeso (IMC maior que 25), segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Mas, na realidade, o emagrecimento se dá sempre da mesma forma: você tem que ingerir menos calorias do que gasta. “É como seu saldo em uma conta bancária, ou seja, se você deposita e não gasta ela “engorda”, se você gasta mais do que deposita ela diminui”, afirma a endocrinologista Lea Lederer Diamant, do Hospital Albert Einstein. O jeito é mesmo reduzir calorias e trocar os carboidratos refinados por integrais.

“O paciente, porém, não está interessado em ouvir essa mesma dura realidade, então médicos inventam nomes, estratégias diferentes para reduzir a ingestão de calorias, lançam e vendem muitos livros. E, às vezes, pode sim funcionar, pois, em qualquer dieta de redução calórica, você vai perder peso”, diz a médica.

Não adianta passar fome

O ideal é que a dieta seja também saudável, balanceada e, sobretudo, que possa ser mantida a longo prazo, avisa a nutricionista Mariana Del Bosco, membro da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade (Abeso). “A  gordura é o nutriente que mais contribui com calorias na dieta, deve ser consumida em quantidades bem pequenas. Já caprichar no consumo de verduras, frutas e legumes é bom para manter um peso saudável”, diz.

Também não adianta ficar passando fome, alerta a especialista. Segundo ela, estudos mostram que a sensação de fome durante dietas está associada a menor perda de peso e  também ao retorno dos quilos extras em pouco tempo. “Estratégias dietéticas que possam auxiliar o controle da fome e da saciedade,  com um volume adequado de alimento,  melhoram a adesão às orientações e favorecem a perda de peso”, afirma.

E não faltam razões para se dedicar a manter a boa forma. Pesquisas em todo o mundo apontam que a obesidade está ligada a diversos problemas, de infartos a problemas respiratórios, de cânceres a pior desempenho sexual. Mas antes de sair por aí seguindo alguma dieta da moda, confira no álbum acima alguns mitos e verdades sobre as dietas no álbum acima.