Ariel, ator de "Colegas", diz que síndrome não o impede de fazer nada
Ator do filme "Colegas", Ariel Goldenberg disse que adorou a experiência de fazer um filme sobre três jovens com síndrome de Down apaixonados por cinema. “Foi marcante, gostei de participar”, disse. Acrescentou que nunca havia pensado em ser ator: fez apenas uma oficina de teatro amador, que lhe abriu caminho para participar de um documentário, um curta metragem, uma novela e um filme institucional.
Ariel disse que não precisou de motivações especiais para participar do filme e que aceitou a proposta assim que recebeu o convite. O fato de ser portador da síndrome de Down não o impede de fazer nada. “Para mim, a síndrome não vai me impedir de fazer cinema, novela. Nem preciso pensar sobre isso”.
Colegas, dirigido por Marcelo Galvão, conta a história de três jovens com síndrome de Down apaixonados por cinema e que um dia, inspirados por um filme, fogem no automóvel do jardineiro do instituto em que vivem. Juntos, eles buscam os seus sonhos. Stalone (Ariel) quer ver o mar, Marcio (Breno Viola) quer voar e Aninha (Rita Pokk) quer encontrar um marido. Os três saem do interior de São Paulo e vão até Buenos Aires, na Argentina, experimentando a liberdade e envolvendo-se em aventuras ao longo do percurso.
Depois de uma campanha que invadiu as redes sociais na tentativa de trazer o ídolo de Ariel, Sean Penn, sem sucesso, para a estreia do filme, Ariel foi a Hollywood e, na sexta-feira (15), conheceu o ator. Sean Penn recebeu Ariel, Rita e a equipe da produtora do filme Colegas em sua casa em Los Angeles.
No cenário internacional, Colegas venceu o prêmio de público do 27º Festival del Cinema Latino Americano di Trieste, na Itália. Também levou o prêmio de Melhor Filme no festival de cinema International Disability Film Festival Breaking Down Barriers em Moscou (Rússia), além de ter sido exibido no Red Rock Film Festival (Utah, EUA).
No Brasil, venceu o prêmio de Melhor Longa-Metragem Brasileiro no Festival de Gramado 2012 e foi eleito pelo público da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo como Melhor Filme Brasileiro, levando também o Troféu Juventude (votação do público estudante). Colegas foi aclamado no Festival do Rio (categoria hors concours) e foi o longa-metragem que abriu o Amazonas Film Festival.
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