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Mortalidade de crianças com menos de 1 ano cai 76% em 30 anos

Do UOL

Em São Paulo

02/08/2013 10h00Atualizada em 02/08/2013 12h51

A mortalidade infantil no país diminuiu 76% de 1980 a 2010, segundo dados apresentados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (10). Isso significa que 16,7 crianças com menos de 1 ano morrem para cada 1.000 nascidos vivos, sendo que em 1980 esse número chegava a 69.

Expectativa de vida avança, apesar de desigualdade entre regiões

  • Arte UOL

Indicador importante para avaliar as condições de vida e de saúde de uma população, os dados de mortalidade infantil ainda apresentam contrastes no país. Enquanto em Santa Catarina – Estado que apresenta a menor taxa – há 9,2 mortes de menores de 1 ano para cada 1.000 nascidos vivos, em Alagoas são registradas 30,2 mortes, número quase 70% mais alto.

Até 5 anos

Os dados de mortalidade na infância, relativos a crianças com menos de 5 anos, seguem a mesma tendência que os descritos acima. Em 2010, a taxa foi de 19,4 mortes para cada 1.000 nascidos vivos, uma redução de 77% em relação a 1980, quando houve 84 mortes para cada 1.000 nascidos vivos.

A menor taxa, em 2010, foi observada em Santa Catarina (11,2 mortes de menores de 5 anos para cada 1.000 nascidos vivos). Já a maior taxa foi encontrada em Alagoas (33,2 mortes por 1.000).

A maior redução entre 1980 e 2010 foi registrada na Paraíba. Em 1980, o Estado tinha taxa de 155 mortes por 1.000 nascidos vivos, passando para 26 mortes por 1.000 em 2010.

O IBGE destaca que, apesar da melhora expressiva das taxas ao longo dos últimos anos, o Brasil ainda está bem distante de regiões mais desenvolvidas, como Cingapura (que tem 2,5 mortes por 1.000 nascidos vivos) e Hong Kong e China (2,9 mortes por 1.000).

“Metas do Milênio”

Vale lembrar que o quarto Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM), estipulado pela ONU,  tem como meta reduzir em dois terços, até 2015, a mortalidade de crianças menores de 5 anos, tomando 1990 como ano-base.

Segundo o IBGE, essa taxa, no Brasil, era de 59,6 mortes por 1.000 nascidos vivos naquele ano. Como o número atual já é mais baixo que o estipulado para 2015, pode-se considerar que o país já cumpriu o compromisso.