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RJ: Exposição sobre dengue revela a doença de forma lúdica no Museu da Vida

Na entrada da exposição Dengue, no Museu da Vida no Rio de Janeiro, o visitante se depara com a escultura de um mosquito de mais de dois metros - Haendel Gomes/Fiocruz
Na entrada da exposição Dengue, no Museu da Vida no Rio de Janeiro, o visitante se depara com a escultura de um mosquito de mais de dois metros Imagem: Haendel Gomes/Fiocruz

Do UOL, em São Paulo

13/01/2014 11h46

Preocupação de grande parte dos brasileiros nos meses de verão, a dengue ganha uma exposição interativa no Museu da Vida, no Rio de Janeiro, a partir de 17 de janeiro (sexta-feira). Com o objetivo de informar a população sobre a doença de forma descontraída, a mostra “Dengue” traz atrações como um quintal interativo, em que os visitantes são convidados a encontrar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti entre pneus, garrafas e uma caixa d’água destampada, e uma projeção com um mapa-múndi, que mostra a incidência da dengue no planeta em tempo real.
 
Outra atração é um mosquito fossilizado em âmbar de cerca de 30 milhões de anos. A exposição começa com um enorme inseto (Aedes aegypti) de mais de dois metros, esculpido por Ricardo Fernandes, que recepciona o visitante na entrada da sala de exposição, e traz até um aspirador de mosquito, usado pela Vigilância Epidemiológica da Fiocruz.

O primeiro módulo apresenta a biologia dos vetores de transmissão – o que é e quais os outros mosquitos que podem transmitir a doença, além do Aedes aegypti, caso do Aedes albopictus, mais comum na Ásia.
 
No segundo módulo, o público conhece o vírus e aprende como ele se multiplica no inseto e no ser humano. O módulo seguinte traz informações sobre a doença, seus principais sintomas e complicações, em animações e textos apresentados em instalações multimídia.

Pesquisas
 
As pesquisas aparecem no quarto módulo, destacando-se as experiências com o uso de mosquitos transgênicos e também com a bactéria Wolbachia(presente em várias espécies de insetos) para conter o vetor. Na parte final, a mostra enfatiza o controle do mosquito. São abordadas, entre outras, as medidas para evitar sua proliferação, como a campanha nacional “10 Minutos Contra a Dengue” - resultado da parceria entre Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz e a Sesdec-RJ (Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil).
 
No Quintal Interativo, os visitantes poderão observar os ovos e a pupa do mosquito, usando lupas e microscópios. A brincadeira, que ajuda a aprender sobre a dengue, continua com a pescaria da larva e da pupa. As crianças podem participar ainda de uma oficina para montar o vírus da dengue em papel e levá-lo para casa, manipular um modelo de mosquito de cerca de 30cm e tocar e observar o interior do inseto.
 
Uma área especial com capacidade para até 15 pessoas é dedicada à exibição de vídeos. Dois documentários produzidos e dirigidos por Genilton José Vieira, do Instituto Oswaldo Cruz, serão exibidos: “O Mundo Macro e Micro do Mosquito Aedes aegypti – Para combatê-lo é preciso conhecê-lo” e “Aedes aegypti e Aedes albopictus: uma Ameaça nos Trópicos”. O primeiro recebeu diversos prêmios internacionais, entre os quais o segundo lugar no Festival Mif-Sciences, em Cuba, em junho de 2006.
 
Com a mostra “Dengue”, serão conhecidas também as informações do Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), do Ministério da Saúde, que apresenta um mapeamento dos índices de infestação por Aedes aegypti, com base em pesquisa da Fiocruz. Participam da iniciativa capitais e municípios de regiões metropolitanas, municípios com mais de 100 mil habitantes e cidades com grande fluxo de turistas e de fronteira. O LIRAa identifica os criadouros predominantes e a situação de infestação do município, e permite o direcionamento das ações de controle para as áreas mais críticas.
 
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que 40% dos habitantes do planeta, ou 2,8 bilhões de pessoas, estão ameaçados pela dengue. Ásia, Oceania, América e também a África são continentes que sofrem com epidemias. Para o biólogo do Museu da Vida e curador da mostra, Miguel de Oliveira, é importante a “conscientização do público de que a doença mata, mas pode ser evitada com o controle do mosquito”.
 
A exposição “Dengue” é uma iniciativa do Museu da Vida/Casa de Oswaldo Cruz / Fiocruz, com patrocínio da Sanofi e da Rede de Ações Integradas de Atenção à Saúde no Controle da Dengue, coordenada pela vice-presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde, com abrangência nessas três áreas, sem excluir a pesquisa. A mostra foi produzida pela Folguedo.