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Mais de 330 baleias são encontradas mortas na Patagônia chilena

Em foto de abril, baleia encalhada no Golfo de Penas, no sul do Chile - AFP PHOTO/Huinay Scientific Field Station/Vreni Haussermann
Em foto de abril, baleia encalhada no Golfo de Penas, no sul do Chile Imagem: AFP PHOTO/Huinay Scientific Field Station/Vreni Haussermann

Em Santiago

01/12/2015 18h52

Mais de 330 baleias mortas foram encontradas desde abril deste ano em uma baía afastada da Patagônia chilena, no caso de encalhamento de cetáceos mais numeroso já registrado - revelou à AFP um dos cientistas que participaram da descoberta.

"Parecia uma imagem apocalíptica. Nunca havia visto algo parecido", disse à AFP Vreni Häussermann, diretora do Centro Científico Huinay, que participou da expedição.

Em abril passado, mais de 20 baleias da espécie Sei - de aproximadamente 10 metros de comprimento - foram dadas como mortas depois de encalharem no norte do Golfo de Penas, na Patagônia chilena, a mais ou menos 1.950 quilômetros ao sul de Santiago.

Mas um posterior sobrevoo na área, realizado em junho por uma equipe de cientistas encabeçada por Häussermann, constatou que o número de espécies mortas era muito mais elevado.

"Pudemos contabilizar 337 baleias mortas, incluindo cadáveres e esqueletos", disse a cientista à AFP. Mas "ainda há muitas áreas em que não pudemos chegar, é provável que haja mais baleias mortas", acrescentou.

A causa do encalhamento massivo, um dos maiores já registrados, será revelada pela revista National Geographic - que financiou o sobrevoo - em sua próxima edição.