'Risco de uso eleitoral é grande', diz líder do MTST
"O receio que nós temos é que as manifestações sejam utilizadas por esses setores mais conservadores, que não nos representam e representam um projeto atrasado na nossa opinião", afirmou. Questionado se o discurso do PT atenderia as reivindicações, Boulous disse que há diferenças até mesmo numéricas entre o governo atual e o anterior, mas que atualmente nenhum governo está comprometido com a pauta dos trabalhadores.
"O MTST tem uma completa autonomia em relação a partidos e governos. E não se contempla pelo discurso do PT, do PSDB, nem pelo discurso do Eduardo Campos. O MTST tem a sua posição própria e hoje nós entendemos que nenhum governo no País está efetivamente comprometido com o atendimento das reivindicações dos trabalhadores". Mais cedo, Boulos chegou a admitir que podem ser realizados atos em defesa da moradia durante a Copa do Mundo.
O próximo ato do MTST já tem dia marcado, 22 de maio, e pretende reunir 15 mil pessoas. Diferente dos atos desta semana e de quinta-feira passada, a ideia é que seja um ato público que deve ser divulgado a partir de segunda-feira para a população.
O movimento estima ter reunido 6 mil pessoas nos cinco diferentes atos que aconteceram simultaneamente na cidade. Os locais escolhidos foram Radial Leste, em frente ao Itaquerão; na Marginal Pinheiros, perto da Ponte João Dias; na Marginal Tietê, próximo à Ponte Estaiadinha; na Avenida Giovana Gronchi, perto do Shopping Jardim Sul; e na região da Ponte do Socorro. Em alguns pontos, pneus foram queimados, mas não foram registrados incidentes mais graves.
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